Faz hoje 12 anos que em Tavira foi apresentada o Simulador de Riscos Sísmicos e Tsunamis do Algarve.
O então Adjunto de Comando da ANPC-CDOS Faro, Vasco Sousa apresentou a sessão de esclarecimento e demonstrações do simulador ao Conselho de Tavira.
Numa primeira fase, foi apresentado o simulador, suas funcionalidades e utilização.
Seguidamente, procedeu-se a uma explicação da utilização e serviço do mesmo na comunidade de planeamento e socorro em caso de catástrofe sismológica e tsunamis.
Após conclusão do mesmo, foi demonstrada através do simulador a situação do sismo ocorrido em 1755, como foi a forma que afetou a população de Tavira em conjunto com os dados relativos á época do incidente.
De seguida, procedeu-se a um estudo utilizando o SRSTA, calculando um novo sismo com o epicentro nos Picos de Gorringe, zona a SW de Sagres e onde se calcula que tenha ocorrido o sismo de 1755.
Os dados serão apresentados na tabela de seguida:
Sismo com magnitude de 8,7 localizado a SW de Sagres.
São 11 da manhã de um dia de Agosto de 2010
Na Cidade e suas imediações encontra-se a seguinte ocupação:
Após a recolha de informação seletiva o simulador informa:
Acão a nível do solo na zona atingida pelo sismo.
Danos em Edifícios.
Danos em escolas e jardins-de-infância.
Danos em equipamentos de saúde.
Danos nas vias de comunicação.
Danos na rede ferroviária.
Danos na rede elétrica.
Danos no sistema de abastecimento de águas.
Danos nas estações de tratamento de águas e estações elevatórias.
Danos no saneamento básico.
Danos de Tsunami (provisório).
Este dados serão interpretados pelo SRSTA e proporcionarão uma conjuntura de informação relativamente a acidentes com vidas humanas, estruturas e vias de comunicação entre outras informações.
No caso desta simulação o impacto de vítimas seria o seguinte:
A nível de Tsunamis, o estudo da tsunamografia ainda não está concluído, apresenta apenas uma informação no sistema ainda preliminar e não muito real, mas na observação final a zona de Tavira e suas Freguesias Ribeirinhas seriam atingidas de forma ligeira com o tsunami, visto segundo o simulador que as Ilhas barreiras absorveriam grande parte da energia libertada pelas ondas, sendo o resto absorvido pela Ria Formosa, onde uma desaceleração significativa travaria o avanço da força do mar, embora fossem registadas cheias rápidas em meio urbano pela subida das águas na Ria até ao centro da Cidade.
Estima-se que 468 edifícios seriam afetados caso ocorre-se um sismo com as características referidas atrás.
Seguidamente foi apresentada uma falha geológica no Conselho de Tavira de relevante importância capaz de produzir um sismo com magnitude até 7 graus.
Situada a Norte da Luz de Tavira entre Santo Estevão e a zona de Estoi, a respetiva falha foi protagonista de um sismo no ano de 1722 que embora de grande intensidade não regista estudo pormenorizado.
Caso neste momento ocorre-se uma situação de incidente sismológico neste local, a devastação e destruição seria dantesca produzindo ainda um número considerável de baixas e mortes.
Segundo o estudo padronizado e efetuado no SRSTA.
Para finalizar, estudou-se a falha Euro-Asiática com a falha Africana.
Situada a sul do Algarve, estas duas placas em caso de atividade sísmica significativa também poderiam provocar incidentes sismológicos capazes de afetar o sul de Portugal.
Tavira, por sua vez também afetada, mas a referência ou tendência seria na ocorrência de tsunamis.
Foi uma acão de formação esclarecedora e muito informativa.
João Horta - FIRESHELTER52
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