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22/04/2010
Bombeiros formados em incêndios urbanos
Os Bombeiros de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão juntaram-se numa parceria de formação. Cada um coloca no terreno os seus meios e todos aprendem em conjunto.
22 de Abril de 2010 às 13:30hA união faz a força e a cooperação é o caminho mais rápido e eficaz para cumprir uma das máximas dos bombeiros: “só salva quem sabe e para saber é fundamental fazer formação permanente”.
É neste sentido que os corpos de Bombeiros de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão decidiram unir esforços e cooperar na formação.
E o alvo são os incêndios urbanos e industriais, porque apesar de serem menos, quando acontecem são mais graves.
“Impunha-se este tipo de formação para melhorar as condições de actuação em espaços confinados”, refere José Mariano, comandante dos Voluntários albicastrenses.
Esta é uma formação contínua em que, gradualmente, se junta a parte teórica à prática. Ao longo da semana, segundas, quintas e sextas-feiras, decorre a parte teórica e sábado, durante todo o dia, a prática.
Cada corporação colabora com os seus meios: Castelo Branco dá o formador, Vila Velha de Ródão outros meios logísticos e o local do treino e Idanha-a-Nova o VUCI – Veículo Urbano de Combate a Incêndios.
Este carro é fundamental porque dispõe de capacidade de intervenção com água a alta pressão, tem espumífero e equipamento que permite, no local, o enchimento das garrafas de ar comprimido (o ARICA – Aparelho Respiratório Isolante de Circuito Aberto).
“Este tipo de formação é para continuar e pode vir a ser aberta a outros corpos que ainda não a fizeram, mas que já mostraram o seu interesse”, diz António Gonçalves, comandante de Vila Velha de Ródão.
Tudo começou porque o adjunto de comando dos Voluntários de Castelo Branco fez, recentemente, uma formação especializada nesta área, obtendo credenciação pela Escola Nacional de Bombeiros.
A junção das três corporações acontece por uma questão de proximidade e pela triangulação possível entre eles.
O comandante José Neves, da corporação de Idanha-a-Nova já participou neste curso.
Apesar do tema integrar a formação inicial para elementos de comando, esta foi uma reciclagem daquilo que já tinha aprendido.
“O essencial mantém-se, mas há técnicas novas que vão surgindo.
Entendi que era importante a minha presença, também como forma de incentivar o resto do pessoal”, refere.
Este curso prolonga-se até final de Maio e estão a ser formados os elementos de primeira linha e os que mais participam neste tipo de ocorrências, tendo começado pelos bombeiros das EIP – Equipa de Intervenção Permanente.
Dos cerca de 140 homens de que dispõe o Corpo de Castelo Branco, 35 já fizeram este curso, dos 125 de Idanha-a-Nova, participaram 25 e dos cerca de 85 de Vila Velha de Ródão estão formados 20.
Uma coisa é garantida por todos os comandantes: por parte dos seus homens, “o entusiasmo é mais do que muito”.
Reconquista ouviu, ainda, o comandante operacional distrital, Rui Esteves, do Comando Distrital de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Protecção Civil, que considera fundamental este tipo de parceria e realça a importância da interligação de equipas de trabalho.
“É importante que as pessoas se conheçam e que falem a mesma língua”, destaca, recordando que a cada dia que passa há mais bombeiros formados e equipados adequadamente, no distrito de Castelo Branco.
Fonte: Jornal Reconquista
FIRESHELTER52
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