“Dados publicados nos últimos anos mostraram que os policiais e bombeiros apresentam um risco 2 a 4 vezes mais alto de morrer no trabalho por causa de um evento cardíaco”.
Mesmo quando comparadas a ocupações similares, como os trabalhadores do sector de construções ou aos paramédicos, essas taxas ainda permanecem verdadeiras.
O propósito deste estudo, foi analisar os factores de risco, especificamente a carga da placa arteriosclerótica, que poderiam estar por trás do aumento do risco cardíaco.
Dois anos atrás, o grupo iniciou um programa livre de triagem para calcificação da artéria coronária (CAC) e analisou retrospectivamente os escores de CAC em 717 policiais e bombeiros do sexo masculino e os comparou aos escores de 449 controles pareados por idade.
Contudo, os resultados evidenciaram que os policiais e bombeiros não apresentaram um aumento da carga arteriosclerótica, conforme avaliado pela TC.
“É bem possível que o mecanismo para o aumento de eventos como ataques cardíacos e morte súbita de origem cardíaca nos bombeiros e policiais possa ser devido ao aumento do stress emocional e físico”.
Segundo ele, essas ocupações possuem longos períodos de inactividade seguidos por uma actividade intensa, e esse aumento no stress físico e emocional pode levar à ruptura da placa, resultando em um aumento na frequência de eventos.
Ele ressaltou que os resultados são simplesmente uma primeira tentativa de entender por que essas ocupações apresentam taxas de eventos cardíacos relacionados mais altas do que outras profissões.
Seu grupo deseja realizar um estudo longitudinal maior para avaliar a calcificação das artérias coronárias no início e rastrear os pacientes a longo prazo.
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