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15/05/2010
Monchique é um barril de pólvora em 2010
Alerta.
A floresta na serra de Monchique "está pior do que em 2003", quando vários incêndios devastaram o concelho do Barlavento algarvio.
Se, a partir de Junho ou Julho, "houver fogos, isto não parará de arder e voltará a ser uma catástrofe".
O alerta é feito por Hélder Águas, presidente da Associação dos Agricultores de Monchique. Um problema reconhecido também pelo presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve.
O produtor florestal diz que há terrenos onde, "devido à humidade os silvados no fundo de vales já cresceram até 2,50 metros".
Já nos cabeços dos montes, o mato e a vegetação espontânea atingem quase dois metros. "Os terrenos foram, na sua maioria, abandonados por falta de rentabilidade económica, e limpá-los custa 450 euros por hectare.
E como também tem chovido estão à mercê dos incêndios", lamentou.
Igualmente preocupado está António João, que tem terrenos com medronheiros, eucaliptos e sobreiros. "Noventa e oito por cento dos terrenos florestais no concelho não são limpos desde que arderam em 2003, porque os proprietários não têm dinheiro".
Como o Inverno foi muito rigoroso e a vegetação tem crescido significativamente, Monchique transformou-se de novo num autêntico "barril de pólvora", fazendo temer o pior.
A situação de risco atinge toda a região.
O presidente da direcção da Federação dos Bombeiros do Algarve reconhece tratar-se de problema "generalizado" o crescimento da vegetação, nomeadamente na serra do Caldeirão, o que poderá contribuir para a defla-gração de incêndios.
José Faísca admitiu que "mesmo com o esforço da câmara na limpeza de caminhos e criação de aceiros" (espaços entre propriedades para controlar o fogo), "é muito difícil" evitar a propagação de fogos.
FIRESHELTER52
O problema é nacional, os combustíveis finos cresceram como nunca vi, Portugal actualmente é um barril de pólvora, mais grave é que as chuvas destruíram a grande maioria dos caminhos florestais.
ResponderEliminarPelos vistos ninguém se preocupa com as limpezas e com a reparação dos caminhos, depois não digam que a culpa é dos bombeiros portugueses, que não sabem apagar fogos.