A actuação das equipas de emergência no acidente que provocou dois mortos, no domingo, na A1, junto à saída para o Cartaxo, abriu uma guerra entre a Autoridade de Saúde e os responsáveis pelo socorro. Tudo porque os bombeiros terão dado as vítimas como mortas, sem a presença de um médico.
"Pelo aparato do acidente, é provável que as vítimas estivessem sem vida.
Mas quem está habilitado para verificar o óbito é um médico.
Não são os bombeiros que vão decidir perante uma morte aparente", afirma Hélder Mendes, da Autoridade de Saúde de Santarém.
De acordo com o INEM, o alerta para o sinistro "foi dado por um cidadão, às 03h50", que "não forneceu mais dados" que justificassem o activamento da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).
Foram accionadas três ambulâncias, duas dos Voluntários do Cartaxo e uma dos Municipais de Santarém que, pelas 04h26, reportaram a existência de um veículo capotado com duas vítimas encarceradas, "já sem vida".
Perante estes dados, "a VMER não foi accionada", adianta o INEM.
Hélder Mendes critica o procedimento.
"Não quero culpar ninguém, mas o que deviam ter feito era levá-los de imediato para o hospital."
No acidente morreu um casal, de 26 e 31 anos, residente em Lisboa.
Fonte: CM
FIRESHELTER52
Boas meus amigos
ResponderEliminarInfelizmente e para conhecimento de alguns passo a explicar que não necessariamente tem de se ser médico para poder afirmar que um ser humano está cadáver.
Existem factos e factores físicos e fisiológicos que as pessoas sem sinais de vida ostentam que informam de forma segura as equipas de segurança ou resgate que a mesma encontra-se irrecuperável para a vida.
- A separação da cabeça do tronco (decapitação traumática).
- Os livores cadavéricos.
- A rigidez cadavérica.
- A decomposição.
Entre dezenas de outros que de forma parelha podem ser associados á ausência de sinais de circulação permanente á mais de 15 minutos e reforçar a tese.
Outro e mais vincado nos acidentes de viação:
- O estado físico em que se encontra o corpo da vítima pode não ser compatível com o mecanismo necessário para que se dê continuidade á vida:
- A abertura da calote craniana com a saída do cérebro para fora.
- A desmembração com perdas hemodinamicas brutais.
- A esvisceração acompanhada por exemplo da saída do coração ou de outro órgão...
Tudo isto associado a uma paragem cardio respiratória sem hipóteses de execução de manobras de suporte básico ou resolução dos factores do exame primário (manutenção da via aérea, ventilação assistida, e controlo e manutenção da perfusão hemodinamica) devido á vitima estar encarcerada pode e deve ser afirmado como cadáver.
Cá está, depois então um médico confirmará ou atestará o respectivo óbito.
Agora para quê levar para um hospital uma pessoa que deixou o cérebro todo no pára-brisas?
Os hospitais são para os vivos, e os acidentes de viação são uma doença que faz parte da nossa sociedade, para transportar cadáveres não são precisos bombeiros nem ambulâncias.
Isto claro, respeitando o ponto de vista do autor da notícia sem querer de qualquer modo criticar o sucedido, é apenas a minha opinião, a opinião de um profissional do sistema.
Um abraço
FIRESHELTER52
Tem que ser um médico a confirmar o óbito?
ResponderEliminarPelos visto não é bem assim, os agentes de autoridade também o fazem, por varias vezes eles são chamados para agressões onde no local existem vitimas em paragem cardio-respiratória onde existe suspeita de homicídio, eles somente chamam pelas policias de investigação, não accionam meios de socorro, como nos açores duas jovens vitimas intoxicação com gás, foi somente chamado a PJ e posteriormente o delegado de saúde, os bombeiros locais nada souberam.
Como é a situação de suspensão de manobras RCP pelo telefone efectuada pelos senhores doutores do CODU?