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14/09/2010

Saliva contém anti depressivo e analgésico mais forte que morfina


É um analgésico natural com propriedades anti-depressivas, consegue ser quatro vezes mais potente que a morfina e não causa dependência. Investigadores do Institut Pasteur, em Paris, descobriram a opiorfina.

A molécula, um péptido na saliva humana, foi isolada pela equipa de Catherine Rougeot já em 2006, mas recentemente surgiram as provas que a opiorfina é um analgésico potente em quadros de dor, ao activar a transmissão, de forma indirecta, aos receptores opiáceos, onde se ligam substâncias como o ópio ou a morfina, que aliviam a dor mas causam dependência.

Segundo Catherine Rougeot e a sua equipa,“é uma verdadeira molécula dois em um, ou seja, é um analgésico natural com as mesmas competências da morfina, mas com menos efeitos secundários, e simultaneamente, actua sobre a depressão”.

De acordo com o estudo publicado no «Journal of Physiology and Pharmacology» os testes laboratoriais realizados ‘in vivo’ em ratos laboratoriais demonstraram que “a força supressora da substância na dor é tão efectiva como a morfina, no comportamento de modelos de dor aguda mecânica em ratos”

Quanto ao factor anti-depressivo da opiorfina, esta molécula consegue prolongar o efeito de endorfinas, as moléculas do prazer produzidas pelo nosso corpo, ao inibir outras moléculas que inactivam estas substâncias.

Uma vez que as endorfinas são utilizadas selectivamente por certos tecidos, por motivos associados ao stress ou à dor, a opiorfina tem a vantagem de não possuir um efeito global, diminuindo assim uma eventual dependência.

Nos animais, a substância não causou efeitos secundários, tanto de sedação como de excitação, nem afecta a memória a longo termo, efeitos provocados por alguns anti-depressivos.

Actualmente a equipa de investigação do Institut Pasteur está a procurar definir as condições em que se produz esta substância de forma a criar um medicamento que possa tratar a dor e a depressão simultaneamente, a partir da opiorfina.

Os investigadores já dispõem de dois ou três derivados sintéticos estáveis, referiu a coordenadora da investigação. O próximo passo são os testes em dois outros mamíferos para verificar se existem efeitos indesejáveis e só depois se realizarão em humanos.

O medicamento poderá estar no mercado num periodo de tempo “entre cinco e dez anos”, esclarece a investigadora.

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