O Governo Civil de Faro juntou mais de 700 mil euros de receitas próprias, que quer investir em veículos de combate a incêndios, numa parceria com a AMAL. Mas vai ter que esperar por um sinal verde de Lisboa.
Ao todo, são quatro veículos considerados ‘caros’, aqueles que o Governo Civil de Faro quer comparticipar, no âmbito de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), algo que a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, até já protocolou com o órgão representativo dos 16 municípios algarvios.
“Pretendemos adquirir dois veículos de combate a incêndio e desencarceramento e duas bombas de alto débito, que são veículos dispendiosos, seria a nossa forma de ajudar, num projecto que consideramos de grande importância para a região”, reconheceu ao OdA a Governadora Civil.
O investimento total, já era sabido, é de 5 milhões de euros, para a aquisição de veículos e equipamentos de proteção individual para 17 corpos de bombeiros, dois Centros de Recursos de Protecção Civil e respetivos sistemas de gestão, bem como investimentos na área das tecnologias da informação e do conhecimento (ver aqui).
A verba é comparticipada em 60 por cento por fundos comunitários, o que significa que para os municípios algarvios, responsáveis pela contrapartida nacional dos fundos, a ‘factura’ orça em perto de 2 milhões de euros, reduzida assim pelo investimento que seria suportado pelo Governo Civil, de 700 mil euros, aproximadamente.
O problema é que a verba, que é gerada localmente através dos serviços próprios do Governo Civil, como a emissão de passaportes, fica por lei alocada nos saldos transitados e à guarda do Ministério da Economia, pelo que para reivindicar o acesso à mesma, é necessária a autorização prévia da tutela, com despacho favorável, algo que ainda não aconteceu.
Um simples ‘não’ poderá pôr em causa a comparticipação nacional e comprometer a candidatura, tal como está, ao Programa Operacional (PO) Algarve21, que deveria ser apresentada até ao final do mês de outubro, recorrendo ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Questionada sobre o atraso no despacho ministerial, Isilda Gomes disse que não lhe cabe comentar, adiantando apenas que "é uma matéria que compete à tutela".
:baclink no titulo da postagem:
FIRESHELTER52
Havemos de chegar a um dia em que os camiões dos bombeiros serão telecomandados...
ResponderEliminarCarros novos, equipamentos novos, e bombeiros para trabalhar?
Pois é, os carros e quartéis novos dão votos e enaltecem os orgulhos dos dirigentes dos CB´s.
Condições de trabalho, vencimentos, estatutos sociais, aposentação, serviços, férias faltas e licenças dos operacionais, carecem de cabimentações financeiras avultadas que não interessam nem dão votos...