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11/11/2010

Uniformização das carreiras dos bombeiros em debate


A uniformização das carreiras dos bombeiros profissionais e a forma como decorreu a intervenção destes no socorro nos últimos incêndios e intempéries que assolaram a Madeira, são alguns dos pontos num plenário no quartel dos Bombeiros Municipais do Funchal levado a efeito, ontem à noite, pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP).

Em cima da mesa seriam analisados também a adesão à greve no dia 24 de Novembro e as formas de luta a desenvolver para “contestar os cortes que o Orçamento de Estado implica no sector dos bombeiros, com graves prejuízos para a sua carreira”.

Fernando Curto, presidente da ANBP, adianta que a proposta de acordo para uniformizar as relações de trabalho dos bombeiros e criar uma definição de carreira já foi enviada para a Federação dos Bombeiros da Região Autónoma da Madeira e para as Associações dos Bombeiros Voluntários da Madeira, para que essa questão seja também uma realidade nesta Região.

O Acordo Colectivo de Trabalho, celebrado no passado dia 5 de Novembro, com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, a título de exemplo, segundo Fernando Curto, permite que os trabalhadores destas Associações Humanitárias possam ter direitos como uma carreira profissional com várias categorias, o acesso a categoria superior, higiene e segurança no trabalho, o direito ao cumprimento de 40 horas semanais, descansos compensatórios, pagamento do trabalho suplementar, subsídio de risco, de entre outros.

Relativamente à greve com aderência por parte do Sindicato e da Associação, Fernando Curto adianta que as suas expectativas são para 90 por cento de adesão à greve.

“É uma forma de mostrar o nosso descontentamento porque, no seu entender, "há situações a resolver a nível nacional e na Região da Madeira". "Vamos começar a fazer plenários em todos os quartéis, já enviámos o pré-aviso de greve às Câmaras, vamos colocar algumas faixas nos quartéis dando conta do nosso propósito, mas vai estar salvaguardado os serviços mínimos no socorro às populações”, garante.

Por outro lado, frisa este responsável, “queremos também fazer uma abordagem no que diz respeito à forma como decorreu a intervenção dos bombeiros nos últimos incêndios e intempéries que assolaram o arquipélago”. No seu entender a resposta que os bombeiros e a Protecção Civil deram foi muito eficaz, mas “pode até ser melhorada”.

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