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11/05/2011
Colunas Secas
By FIRESHELTER52
Após ter procurado informação complementar sobre redes de incêndio achei muito interessante falar sobre algumas “ajudas” ao serviço dos bombeiros.
De extrema valia deixo-vos aqui um pequeno resumo sobre as colunas secas inseridas na legislação de segurança contra incêndios em edifícios.
Segundo o estabelecido no RG-SCIE os edifícios com determinadas, categoria de risco, ou ainda com características arquitectónicas que tornem difícil o combate a incêndio a partir dos meios existentes nos veículos de socorro, devem ser servidos por uma rede interior de incêndios fixa, própria para a intervenção dos bombeiros.
Admite-se que tal rede possa, em circunstâncias regulamentarmente definidas, estar seca ou em carga.
No primeiro caso, e embora se trate de um troço não exclusivamente vertical, fala-se, genérica e simplificadamente, da existência de uma coluna seca, e não duma rede seca como seria mais apropriado.
Esta, constitui uma interligação fixa entre as mangueiras utilizadas no combate ao incêndio e a boca de alimentação, no exterior, a qual é alimentada a partir dos sistemas de bombagem existentes nos veículos de socorro.
A coluna designa-se por coluna seca descendente ou por coluna seca montante consoante sirva pisos, respectivamente, abaixo ou acima do nível de referência.
Uma rede ou coluna seca compreende:
A coluna propriamente dita (tubagem vertical);
O acoplamento directo, ou através de ramal de ligação, entre a coluna e a sua boca de alimentação;
A boca de alimentação (simples ou dupla) na fachada;
As bocas-de-incêndio duplas nos pisos.
As Colunas:
As colunas devem ter um traçado vertical rectilíneo com um percurso através de zonas isoladas e protegidas, nomeadamente caixas de escada ou câmaras corta-fogo, onde podem estar aparentes ou ser embebidas.
A coluna deve comportar no seu percurso saídas apenas para as bocas-de-incêndio e terminar por um troço vertical fechado na sua extremidade com um comprimento mínimo de 1,5 m, contado da boca-de-incêndio mais elevada, concebido para resistir à pressão hidráulica de ensaio.
As colunas descendentes devem possuir válvula de purga de água no seu ponto de cota mais baixa.
As colunas secas montantes devem possuir os seguintes diâmetros nominais:
DN 70 para utilizações-tipo da 2ª categoria de risco ou inferior;
DN 100 para utilizações-tipo da 3ª categoria de risco ou superior.
As colunas secas descendentes devem possuir o diâmetro nominal DN 70
Quando se tratar de utilizações-tipo da 4ª categoria de risco o número mínimo de colunas deve ser de duas, com o diâmetro de DN 100 em cada coluna.
Bocas de alimentação:
As colunas secas, montante e descendente quando coexistam, devem ser obrigatoriamente individualizadas e possuir bocas de alimentação independentes e apropriadas a cada uma delas.
No caso de colunas secas, montantes ou descendentes com o diâmetro de 70 mm, a boca de alimentação deve ser simples com junção de aperto rápido tipo “STORZ” DN 75.
No caso de diâmetros de coluna seca de 100 mm, a alimentação deve ser efectuada através de uma boca dupla, siamesa, onde cada uma das saídas e junções terão as características e diâmetro indicados no parágrafo anterior.
O dimensionamento das colunas secas deve ser justificado pelo projectista através do cálculo hidráulico sempre que seja verificada uma das seguintes condições:
• O comprimento do ramal de alimentação seja superior a 14 m;
• A ligação das bocas-de-incêndio não seja directa à coluna mas efectuada em troços horizontais de tubagem;
• A altura da utilização-tipo que serve seja superior a 50 m.
Referências do resumo: ANPC SCIE NT13/2007
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