Separadores SAFEPLACE52

30/06/2012

Golas ou Agueiros... Como escapar deste fenómeno mortal do mar

O SAFEPLACE52 deixa-vos aqui umas dicas de como escapar quando apanhados por uma gola ou agueiro numa praia.

Primeiro vamos perceber o que é uma gola ou agueiro, diferentes nomes, para situações potencialmente mortais diariamente nas praias do nosso território.

O mar quando chega à praia na forma de onda, espalha-se em toda a sua linha longitudinal, sendo que quando a onda regressa ao oceano não o faz da mesma forma, mas sim concentra-se toda numa determinada área como se fosse uma chaminé que regressa mar dentro apenas numa determinada zona.

Quanto mais forte é o mar ou violento, mais velocidade de retorno ganha na gola ou agueiro, sendo ainda que a inclinação da praia em relação ao mar influencia a velocidade de regresso da onda ao oceano.



O fenómeno que ocorre é quando um banhista é apanhado num agueiro sente que está a ser arrastado para o mar pela corrente, desenvolvendo uma natação que se torna impotente contra tal fenómeno levando-o rapidamente à exaustão e à ansiedade, produzindo o afogamento fatal em poucos segundos...

Normalmente estas zonas quando localizadas são identificadas pelos concessionários da praia como zona perigosa para banhos, estando os Nadadores Salvadores em alerta e colocada sinalética própria no local ou zona.

Mas nem sempre as golas são fixas, a maioria varia com a maré, com a ondulação, vento, inclinação da praia ou correntes, sendo então que podem aparecer em qualquer parte sendo mais intensas e vulgares quando o mar está mais revolto.

Em todo o caso sempre que um banhista é apanhado por uma gola ou agueiro deve:

Deixar-se ir com a corrente, mantendo-se sempre á tona de água utilizando os braços e pernas para garantir a sustentação.

Independentemente de estar ou não em afogamento deve iniciar um pedido de ajuda para terra garantindo assim a máxima ação de segurança e possível resgate se necessário.

Alguns metros mais à frente a gola perde intensidade e verifica-se que a velocidade da corrente diminuiu, neste caso deve iniciar a natação paralelamente à praia, desviando-se para o lado até deixar de sentir resistência.

Após verificar que não está sobre influência de correntes contrárias deve descansar boiando algum tempo e seguir nadando em direção a terra utilizando neste caso as ondas favoráveis para a sua locomoção.

Se começar a sentir cansaço deve de imediato pedir ajuda, neste caso deve-se levantar apenas um braço mexendo-o no ar.

Não deverá utilizar os dois braços em simultâneo ou gritar freneticamente, pois perderá rapidamente a sustentação à tona de água e aumentará o cansaço, podendo ocorrer a submersão.

Após sair da água deve descansar e recorrer a um posto médico ou pedir apoio se necessário.


VEJA AQUI UM DRAMÁTICO VIDEO DE UM AFOGAMENTO NUM AGUEIRO



Outras ações poderão também ajudar mas importa referir que a calma, e a adoção de medidas gerais de segurança para banhistas são fundamentais para evitar este e outros acidentes.

Mantenha-se atento aos seus amigos e familiares, partilhe estas informações e tenha um verão seguro.

FIRESHELTER52

19 comentários:

  1. Amigo obrigado em nome de todos os praiistas pela preciosa informação. Destribuirei a mesma por familiares e amigos.

    ResponderEliminar
  2. Parabéns, está muito ilucidativa a explicação

    ResponderEliminar
  3. Olá! Quero pedir permissão para divulgar no meu blogue esta informação! Pode ser? Eu adoro praia mas não sei nadar, tenho sempre muito cuidado. Uma vez presenciei um quase-afogamento, uma pessoa foi apanhada por uma onda e foi arrastada. Estava bandeira vermelha, mas a malta morre por ir molhar o pé, é terrível a falta de cuidado nas praias...Depois eu venho aqui ver o recado! Obrigada!

    ResponderEliminar
  4. Obrigada pela elucidação!
    Infelizmente já me vi nas teias de um agueiro, fenómeno que anteriormente desconhecia...
    Foi tal como descreve. Mergulhei, numa zona calminha, sem ondas, e quando vim à tona estava já bastante longe do areal.
    Apesar de ter acontecido numa praia sem vigilância, felizmente, era um lugar bastante frequentado por surfistas que se aperceberam logo do que tinha acontecido. Já eram conhecedores deste fenómeno e enviaram logo dois rapazes que me foram buscar nas suas pranchas.
    A minha sorte foi mesmo o ter-me mantido calma (nem sei bem como) e ter quem me viesse socorrer. Dei por mim mesmo muito longe da costa... Teria sido complicado voltar a terra...
    Agradeço àqueles dois meninos, que na altura tinham 12, 13 anos, o Henrique e o João, que me foram socorrer, enquanto a minha amiga desesperava em terra. Os pais destes meninos educaram-nos muito bem!
    É um exemplo que acaba bem, mas acredito que muitos haja que não terminam assim!
    Obrigada e bem haja!

    ResponderEliminar
  5. PoliticoPerfeito.blogspot.com

    ResponderEliminar
  6. Parabéns pela informação bem exposta, já partilhei a mesma com amigos. Bom Trabalho.

    ResponderEliminar
  7. Boas a todos, mt obrigado pela vossa visita e comentários.
    podem divulgar à vontade, copiem partilhem acrescentem algo de válido se assim o entenderem, pois o objectivo é praticar este tipo de politica de prevenção e diminuir os acidentes, neste caso no mar.
    Um forte abraço
    FIRESHELTER52

    ResponderEliminar
  8. oi gente , ja passei por isto , hoje tenho 39 anos, ja entrei num deste e estrava na beira da praia a agua nao chegava ao meio da perna,tinha 14 anos estava eu e uma amiga,quando de repente cai num buraco e fomos as duas puxadas.Passamos mais de 20 minutos nadando ,pois eramos boas na nataçao, o segredo pra quem sabe nadar é manter a calma, e braços pra que te quero pois puxa muito forte e fica rodando como se fosse um funil,a agua fica escura e as ondas quando vem entram no redemoinho,pra quem nao sabe nadar nem boia bem, e nao tem calma nesta hora, vai passar mesmo pra outra vida,ate hoje me lembro de tudo ,agradeço a Deus sempre, sorte para todos, hoje tenho 2 filhos , tenho muito medo disto ,pois as crianças ficam sempre na beirinha para nao serem puxadas, mas muito cuidado , não da tempo de nada.Leva um segundo e puxa, quem tiver perto vai.obrigada Senhor Deus, por estar viva.

    ResponderEliminar
  9. Obrigado pela partilha desta informação que é muito importante,
    Vou partilha para que mais pessoas tenham conhecimento de como evitar ou o que fazer em caso de...
    MUITO OBRIGADO
    Luis Neiva

    ResponderEliminar
  10. Tb já me aconteceu, é manter a clama não forçar, deixar a corrente puxar pa fora e kd sentir k está mais fraco nadar em paralelo, aproveitar as ondas que vêm para ir para a areia. Mas é complikado, kem não tem sangue frio, pode afogar se pura e simplesmente por entrar em paniko.

    ResponderEliminar
  11. Caro senhor só lamento que tenha usado um exemplo que fiz sobre o agueiro e não tenha pedido autorização. Essa imagem tem o logo da Resgate e foi retirado. Pelo menos que apareça a fonte. Era simpático da sua parte. António Mestre

    ResponderEliminar
  12. Boas Sr António Mestre, desde já as mais sinceras desculpas pelo uso da imagem, mas como a mesma circula via WEB pensei que não houvesse problema.

    A mesma foi reposta na forma original, anteriormente tinha-a cortado no aspecto de apresentar e concentrar a atenção do leitor na mensagem que imagem passa, logótipos, frases, e outros sinais por vezes desviam a atenção do que pretendia aqui.

    Parabéns pelo trabalho na construção da mesma, é muito importante que se desenvolvam trabalhos desta natureza.

    Mais uma vez as mais sinceras desculpas, como vê aqui não se procura protagonismo nem dinheiro, apenas se passa educação cívica e o trabalho que as equipas de emergência desenvolvem junto da comunidade.

    Mt obrigado pela sua atenção.

    FIRESHELTER52

    ResponderEliminar
  13. Tive o atrevimento de reproduzir no meu blogue este artigo que considero importante, pois se refere a um fenómeno que é muito frequente, sobretudo quando o mar está revolto. O artigo está em http://amateriadotempo.blogspot.com/2012/08/golas-ou-agueiros-como-escapar-deste.html.

    ResponderEliminar
  14. O objetivo é esse...
    PARTILHA de INFORMAÇÃO

    Mt Obrigado

    FIRESHELTER52

    ResponderEliminar
  15. Parabéns ao Administrador do Blog, assim com partilha de conhecimentos e divulgação a nossa tarefa de salvar vidas tornar-se-á mais fácil. Fui Nadador-salvador quando era mais novo, tive a felicidade de estar em vários salvamentos, sei bem o que os agueiros fazem e as nefastas consequências dos mesmos.
    Agradeço de facto a publicação deste esinamento. Bem-haja.

    Luis Pimentel

    ResponderEliminar
  16. Gostei e aprendi. Obrigado

    ResponderEliminar
  17. Boa noite a todos, Grande blogue, muito informativo, já tinha ouvido falar de agueiros, só não sabia na pratica o que era, pois hoje foi o meu dia de passar por um, tanta gente para os lados e ninguém junto a mim, fez com que sobrasse para mim, o problema foi que não me veio a mente ser um agueiro, mas também não compreendia o que poderia ser, tentei manter a calma total, e quando pensava que tava a conseguir chegar ao local com pé, a onda parecia voltar para trás e não me deixava sair, até deixei de olhar para a praia e quando cansado de tanto debater, deitei-me de costas para descansar, mas o stress começou a querer instalar-se e aí começou a ser muito mau, fiz alguns esforços que me deveriam ter tirado do trajeto do agueiro e sem saber fiz o ultimo esforço possível, era mesmo o ultimo possível e ao chegar a costa já sem forças coloquei o pé no chão... Bem a felicidade foi tanta e o corpo tão dorido que nem sentia os braços já!! Aaah, julgo que ninguém se apercebeu, nem a namorada =| Conclusão: Sangue frio até ao fim, resistência, mas antes disso e foi o meu erro que poderia ter sido muito grave é pedir ajuda a praia. Abc a todos

    ResponderEliminar
  18. Boa tarde. Também tive um episódio apavorante, com uma corrente ou gola, na ilha deserta, em Faro! Foi um autêntico pesadelo! O mar estava lindo, muito calmo... Acompanhada do meu namorado, nadavamos ao longo da costa, quando de repente notamos que ficamos sem pé. Começamos a nadar até à beira mar, quando nos percebemos que não estávamos a conseguir sair do mar! De repente ouvi o meu namorado dizer: "não aguento mais"! Entrei em pânico e gritei para ele boiar! Deixei de o ver e continuei a nadar contra a corrente pois estava assustada e só queria sair dali! Comecei a engolir água e a perder as forças...Pedi socorro mas ninguém se apercebeu... Desesperada mas sem desistir, porque estava a conseguir aproximar-me da beira, ao sentir a pontinha do do dedo do pé, tocar na areia, nadei com todas as minhas forças até à exaustão e finalmente consegui sair daquele pavoroso mar!! Era suficiente mais 1 minuto para ter morrido afogada... De joelhos na areia, porque já nem tinha força para andar, olhei o mar e vi o meu namorado ao fundo, a boiar! Gritei por auxílio, foram busca-lo e a história acabou bem! Hoje tenho muito respeito pelo mar, adoro praia, mas ainda tenho pesadelos com afogamento e já não me sinto tão desinibida quando estou a nadar... Bjs

    ResponderEliminar
  19. Obrigada pela sua explicação! Está muito informativo. Na Nazaré aconteceu à minha filha. Quem a salvou foram uns surfistas. E a explicação que deram, foi que ela ficou muito ansiosa e nem conseguia ouvir as instruções deles. Conforme a obda ia recuando ,ela estava - se afogar. Passou o susto. Mas ficou o medo e ela é uma pessoa que andou na natação e sabe nadar bem. Mas...

    ResponderEliminar

Mostra a tua opinião, mas respeita a dos outros.
Muito Obrigado pela tua atenção
FIRESHELTER52