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09/05/2013

Duas novas brigadas reforçam este ano ataque inicial a incêndios no Algarve

A constituição de duas brigadas para reforçar o ataque inicial a incêndios no Algarve, com 28 operacionais e oito veículos, é uma das novidades do dispositivo para este ano na região, revelou hoje o comandante operacional distrital.

As brigadas, que ficarão instaladas a sotavento (zona leste do Algarve) e a barlavento (oeste), visam suprir os constrangimentos detetados entre a chegada ao terreno dos meios de combate inicial e dos meios de ataque ampliado, situação que no ano passado favoreceu o alastramento do grande incêndio registado em Tavira e São Brás de Alportel.

O dispositivo para a região este ano conta, durante a fase Bravo (de 15 de maio a 30 de junho), com 343 operacionais de várias forças e 88 veículos, durante a fase Charlie (de 1 de julho a 30 de setembro) com 443 elementos e 112 veículos e durante a fase Delta (a partir de 1 de outubro) com 279 elementos e 76 viaturas.

Aquelas brigadas deverão atuar como reforço ao ataque inicial, nas zonas de maior perigo florestal, antes de se ativar o ataque ampliado, explicou Vítor Vaz Pinto aos jornalistas à margem da apresentação pública do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2013.

Vítor Vaz Pinto mostrou-se preocupado com o facto de a grande pluviosidade registada no inverno passado ter originado muita vegetação espontânea, o que pode potenciar o desenvolvimento de incêndios, mas sublinhou que o dispositivo está preparado.

"Esperamos todos que não aconteça o que aconteceu no ano passado", afirmou, argumentando que a área onde ocorreu o grande incêndio é uma zona muito vulnerável e com um histórico de incêndios de grande intensidade.

Segundo aquele responsável, em 2012 o tempo médio de ataque inicial aos incêndios registados no Algarve em 2012 ficou abaixo dos 16 minutos, sendo que 98% dos fogos (equivalentes a 787 ignições) foram resolvidos através de ataque inicial.

O número de meios aéreos para este ano vai manter-se igual ao do ano passado (três): dois de ataque inicial, estacionados em Cachopo e Monchique e disponíveis a partir de 1 de julho e 15 de maio, respetivamente, e um ataque ampliado, em Loulé.

Durante a fase de maior perigo de incêndios (Charlie), pode ainda recorrer-se a um helicóptero de ataque inicial estacionado em Ourique, no concelho de Beja, disponível a partir de 1 de julho.

O dispositivo de combate ao grande incêndio do Algarve foi dos maiores alguma vez utilizados em Portugal, tendo chegado a quase um milhar de operacionais, entre bombeiros, GNR ou do exército, que contaram com o apoio de perto de dez meios aéreos.

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