1976 Primeira Rede Rádio da Emergência Médica Canal 1

Desde 1976 que se encontravam instalados nos principais Hospitais do País uma rede de rádio com as frequências TX40.020MHZ e RX33.340MHZ, rede esta, privativa do Instituto Nacional de Emergência Médica INEM.

Para a utilização desta rede foram instalados nos rádios das respetivas ambulâncias de socorro da altura “AMS” cristais que as permitiam operar nesta rede fazendo um By Pass de informação direta com os referidos Hospitais.

A utilização desta rede que se tornou na primeira exclusivamente afeta à Saúde em Portugal correspondia ao preenchimento dos seguintes objetivos:

- Permitir avisar os Hospitais das situações do transporte de sinistrados graves vítimas de doenças ou traumatismos que exigiam medidas médicas especificas.

- Solicitar aos Hospitais indicações técnicas que permitiam aos socorristas a correta atuação em conformidade para a situação descrita.

- Criar uma melhor ligação Ambulância/Hospital de forma a possibilitar o desenvolvimento de novos Subsistemas do Sistema Integrado de Emergência Médica.

Explorada na rede de Banda Baixa em uso nos rádios dos Bombeiros na altura foi-lhe atribuído o canal 1, acabando no entanto por ter uma fraca exploração.

A fluência em comunicações na rede de Banda Baixa Canal 4 com escuta ativa e gerida pelo CCO-Faro (Centro de Comando Operacional), fazia com que esta entidade fizesse a ponte de ligação telefónica diretamente às urgências do Hospital de Faro sempre que a situação clinica da vítima assim o delineasse.

Para isso, bastava o motorista da A.M.S. (Auto Maca de Socorro – INEM) entrasse via rádio BB canal 4 na proximidade do Hospital com o CCO, descrevesse o caso e pedisse para assim o mesmo avisar o Hospital da chegada da ambulância.

Algumas dessas ações passavam por pedidos como trancar um elevador para o piso de partos, preparar equipas de cirurgia ou reanimação, missões específicas, ou ajuda policial.

Com a chegada do CODU-Algarve este procedimento caiu em desuso e a rede BB praticamente não é explorada em determinação do uso da Rede Operacional de Bombeiros ROB mais tarde substituída ainda pelo SIRESP.

Mas quem não se lembra destes tempos?

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