José Ildefonso, 58 anos, esteve desaparecido durante quase um dia, em Cachopo, até ser encontrado, sem vida, pela irmã e o cunhado.
Nunca devia ter saltado para dentro do poço. Era uma pessoa muito querida por todos e vamos ter muitas saudades dele", disse ao CM, lavada em lágrimas, a irmã de José Ildefonso, 58 anos, que morreu afogado na zona de Casa Nova, em Cachopo, concelho de Tavira. O homem saltou para o poço a tentar salvar um borrego que lá caíra.
Foi com dor que Maria Alice, 56 anos, mostrou ontem ao CM o poço onde o irmão morreu, no passado dia 2 de janeiro.
Naquela tarde estava a pastar gado com o cunhado, quando decidiu seguir por um caminho diferente do que o marido da irmã tomou. No entanto, ao final da tarde, José ainda não tinha chegado à casa onde vive há anos com a irmã e o cunhado.
"Fomos a Cachopo para ver se o encontrávamos, porque ele às vezes vai lá passear, mas não o vimos", explicou Maria Alice, acrescentando que passou a noite em sobressalto, a pensar onde José poderia estar.
No dia seguinte lembraram-se de ir à zona do poço procurar o homem e, ao chegarem ao local, confirmaram os piores receios. "Foi um choque encontrá-lo ali já sem vida. É uma perda enorme", lamentou a irmã.
Junto ao poço estavam os sapatos de José, que este tinha tirado quando saltou para o interior, para salvar um pequeno borrego que tinha caído lá dentro.
"Ele não sabia nadar, mas gostava muito de animais, explicou a irmã de José.
O animal acabou por sobreviver, ao conseguir equilibrar-se numas pedras laterais do poço, que estavam acima do nível da água.
Por:Tiago Griff in Correio da Manhã
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