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10/04/2017

Municípios do Algarve criam pacote de incentivos para recrutar bombeiros

A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) anunciou ontem que vai criar um pacote de medidas que incentivem a entrada de novos bombeiros para as corporações municipais e voluntárias do distrito de Faro que têm dificuldades de recrutamento.


O distrito de Faro tem atualmente 1.207 bombeiros profissionais e voluntários e o presidente da Assembleia Geral da Federação de Bombeiros do Algarve, Rui André, disse à agência Lusa que seria importante recrutar mais 300.

A Federação de Bombeiros do Algarve levou a questão da falta de bombeiros à AMAL que decidiu encetar um processo de levantamento regional com vista à criação de um pacote de incentivos para os bombeiros.

A elaboração do pacote regional de incentivos vai ser liderada pelos municípios Monchique e São Brás de Alportel.

O presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro, explicou à Lusa que o seu município criou para os seus bombeiros uma redução de 50% da tarifa da água e dá entradas gratuitas às piscinas municipais e para os espetáculos que se realizem no concelho.

Agora a ideia é criar um pacote único regional de incentivos para aqueles profissionais da Proteção Civil.

A ideia passa por “pensarmos a 16 [municípios] e criarmos medidas de apoio e incentivos aos bombeiros da região, para que cada município não faça por si só e para que em toda a região exista o mesmo tipo de benefícios e de ofertas para os bombeiros”, explicou aquele responsável.

Com a aproximação do verão, as ofertas de trabalho na região aumentam e Vítor Guerreiro disse que as ofertas em setores do turismo podem ser mais apelativas do que as da área da proteção civil.

Rui André, também presidente da Câmara Municipal de Monchique, apontou ainda que o atual esquema de formação de bombeiros é muito exigente e que a área de transporte de doentes na região tem muita procura e tem vindo a levar ao surgimento de empresas privadas que recrutam bombeiros e acabam por retirar recursos às corporações da região.

Apesar de dizer que a situação não é dramática, Rui André considerou que é importante dar mais autonomia na área da proteção civil e do combate a incêndios florestais na região para que possa haver mais capacidade de resposta regional tanto a ocorrências simultâneas como para ocorrências de grande dimensão.

“Os municípios e a AMAL fizeram um grande esforço para conseguir apetrechar os bombeiros com meios de proteção individual e outros e agora é pena que os meios mais valiosos que são os recursos humanos escasseiem”, comentou o autarca de Monchique.

Rui André espera conseguir levar uma proposta de medidas para a discussão e possível aprovação na próxima reunião da AMAL que se realiza na primeira semana de maio.

Segundo aquele responsável, o ideal seria que o pacote de incentivos entrasse em vigor já este verão.

http://www.dnoticias.pt/

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