Na sua biografia autorizada, assinada por Sílvia de Oliveira, Paulo Teixeira Pinto passa em revista uma vida dedicada aos números e contas. E é com esse pragmatismo que vê a sua morte por eutanásia, entendida como um ato de liberdade, pois “ficar vivo pode ser um produto do medo”.
“Se entender que o que me resta de vida é mais oneroso e custoso para os outros do que me traz felicidade, saberei tirar as minhas conclusões”, garante Paulo Teixeira Pinto que desempenha funções de consultor numa sociedade de advogados.
Esta questão fraturante é vista como ato de coragem, por uns, e de cobardia, para outros. Para Paulo Teixeira Pinto é visto como um caminho para a “liberdade”, pois “ficar vivo também pode ser produto do medo”.
“Não tenho uma expectativa de tempo, mas estou à espera que ainda dependa de mim e não de terceiros e que possa, também fisicamente, morrer de pé, como as árvores, pegar nas minhas coisas e deitá-las ao pé de uma oliveira”, diz o ex-banqueiro.
A doença de Parkinson (descoberta pouco tempo depois de assumir a liderança do BCP), o choque com a morte de Guilherme (filho mais novo que carinhosamente tratava por Guga) são episódios contados no livro.
Atualmente, Paulo Teixeira Pinto vive perto de Tavira, no Algarve, no Monte de Santa Catarina da Fonte do Bispo, mas mantém o apartamento na Rua Garrett, em Lisboa, usado para deslocações ao médico e para visitas profissionais.
Nos tempos livres, Paulo Teixeira Pinto escreve poesia, pinta e esculpe.
http://ptjornal.com/paulo-teixeira-pinto-espera-morrer-suicidio-assistido-212105
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