A chama da tocha ateou imediatamente fogo a um revestimento de espuma que tinha sido colocado recentemente no tecto, depois de reclamações de vizinhos por causa do som durante a noite.
No calor da festa, a multidão, muito superior à capacidade da boate, que era de 691 pessoas, não se apercebeu imediatamente do perigo e os que viram o fumo, contaram sobreviventes na altura, pensaram tratar-se de efeitos especiais.
Em questão de dois ou três minutos, uma densa camada de fumo altamente tóxico emanado da espuma do tecto tomou conta de toda a boate e o pânico generalizou-se.
As 1.000 pessoas começaram a atropelar-se, tentando chegar à saída, mas o caminho estava cheio de obstáculos colocados pelos donos da boate, Elisandro Spohr e Mauro Hoffmann, para forçar os clientes a fazerem fila e evitar que saíssem sem pagar no meio de algum tumulto.
Para piorar, os seguranças, ao verem a correria, fecharam a única porta da casa nocturna, pois nos primeiros momentos não se aperceberam da gravidade da situação e quiseram impedir que as pessoas saíssem antes de pagarem as contas, como relataram à polícia vários funcionários.
Sem conseguirem fugir por ali, muitos jovens correram para um corredor onde havia a única luz de presença acesa, imaginando que era a saída de emergência, mas o caminho levava às casas de banho, onde dezenas de corpos foram encontrados mais tarde.
A dispersão da densa fumaça, que matou a maior parte das vítimas por intoxicação, foi dificultada ainda pelo facto de os donos da boate, exatamente devido às reclamações da vizinhança, terem mandado fechar e vedar todas as janelas e até a saída de emergência.
FIRESHELTER52
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