A comunicação foi muito além da simples portadora rádio e do sistema de comunicação VHF/UHF e garantido que na região algarvia desde Faro a central de emergência da GNR conseguisse entrar em contacto com as corporações de Bombeiros de todo o algarve de forma eficaz.
Vamos então desenvolver uma simples resenha histórica do não muito longínqua década de 90.
Emergência Médica no Algarve apenas era desenvolvida por corporações de Bombeiros.
Os Bombeiros eram formados na escola do INEM em Lisboa, os Bombeiros com a valência da emergência médica tinham nas platinas das divisas uma cruz da vida (pin do INEM), que identificava o bombeiro como Tripulante de Ambulância de Emergência Médica - TAEM.
Nem todas as corporações tinha posto de emergência médica denominados PEM, dou o exemplo de Olhão e Loulé, grandes cidades que só após 1996 foram posto de emergência médica e tiveram as respetivas ambulâncias do INEM até lá os serviços de emergência médica era efectuados pelos seus próprios meios.
Hoje temos centrais de orientação de doentes urgentes, denominados por CODU, onde profissionais dedicados ao atendimento fazem a triagem das necessidades, dão aconselhamentos técnicos de emergência e despacham para os locais das ocorrências os meios de resposta mais indicados.
Os CODU acompanham ainda as equipas de SBV, SIV e SAV no terreno.
Na década de 70/80/90 nem sempre foi assim.
A primeira alteração foi o numero nacional de emergência que era o 115.
No caso do concelho de Tavira, quando alguém precisava de uma ambulância ligava 115 e a chamada era atendida por um GNR no posto territorial de Tavira.
O militar da GNR tentava perceber a necessidade e de autoria própria informava se era ou não uma emergência relativa, não dispunha de conhecimento nem formação, era a forma como o socorro era pedido que ditava a gravidade e o envio ou não de uma ambulância ao local.
Se o militar considerasse que era urgente a situação, através de uma linha direta ao quartel dos Bombeiros era transmitida a ocorrência.
Era identificado o local, referência, e a situação, as equipas de ambulância não dispunham de meios de suporte de informação nem acompanhamento médico, era o socorrista que ditava a forma como a vitima era socorrida e transportada ao hospital.
No final da década de 90 a reestruturação das chamadas de emergência dita a alteração do numero nacional de socorro 115 para 112 (1996/7) e com ele a alteração do local de atendimento telefónico, que na região do algarve passou a ser a GNR em Faro.
Todas as chamadas de emergência via 112 eram atendidas em Faro, onde militares sem formação dedicada ao atendimento pré-hospitalar recebiam e tentavam perceber na forma do pedido a emergência e a gravidade, no final entravam em contacto com a corporação de bombeiros da área de atuação da ocorrência e transmitiam o serviço, é aqui que entra o PLECTRON.
Este equipamento que a maior parte dos socorristas da atualidade desconhece era um receptor de rádio de alerta único de emergência VHF / UHF de canal único , usado para ativar a equipe de resposta a emergências e sistemas de aviso.
A principal característica de um Plectron era seu desprendimento seletivo.
Soaria apenas quando um par de tons correto fosse transmitido - permitindo que muitas corporações (com tons diferentes) compartilhassem a mesma frequência mas o serviço era apenas destinado ao que tinha recebido o indicativo de chamada, TIPO UM BIP.
Alguns modelos Plectron tinham um conjunto de "baterias recarregáveis embutidas", pois isso tornava o Plectron Portable.
Foi um equipamento vital para a resposta e accionamento de emergência que talvez os mais curiosos se lembram que antes do Srº Militar Brito da GNR chamar "BMOLHÃO AQUI CENTRAL DE EMERGÊNCIA" saia um par de sons graves e agudos que só assim já identificávamos a corporação que ia ser ativada.
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FIRESHELTER52
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