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11/08/2010

Câmara Persegue Bombeiros de Faro


O número de bombeiros na cidade de Faro está a diminuir.

Diariamente, são apenas sete os bombeiros municipais de serviço, que asseguram o serviço de incêndio urbano e emergência médica.

Cria-se assim um turno da Força Operacional Conjunta, só com Profissionais, visto que os voluntários estão no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais.

Os exemplos do mau funcionamento operacional são vários:

• O funcionamento da FOCON foi “testado” na Concentração Motard de Faro, que decorreu de 15 a 18 de Julho.

Até agora, o dispositivo de segurança tinha sido assegurado pelos Bombeiros Municipais, sem necessidade de recorrer a outras corporações.

Este ano, com a FOCON (que, oficialmente, conta com 120 bombeiros), foi solicitado apoio por alegada falta de efectivos, o que obrigou bombeiros – que integram o DECIF – a cumprir turnos de 48 a 60 horas, ininterruptamente.

No entanto, caso houvesse um incêndio, teriam que se deslocar – independentemente de o dispositivo na Concentração ficar desprovido de bombeiros.

• O Algarve Press denunciou a transferência de cinco bombeiros profissionais dos antigos Municipais de Faro, para a Biblioteca e Museu Municipal.

O Comandante da FOCON, Aníbal Silveira, alega que os bombeiros em questão já não estariam aptos para desempenhar as suas funções, e que “aproveitando os seus conhecimentos, foram transferidos para edifícios públicos para executarem todas as normas de prevenção”.

O Plano Operacional Distrital de Defesa da Floresta não corresponde à realidade:

- As viaturas que estão registadas no Plano Operacional Distrital de Defesa da Floresta são, na maior parte, propriedade da autarquia, ou seja, dos Bombeiros Municipais.
No entanto, surgem como sendo propriedade dos Bombeiros Voluntários.


- A maioria dos tripulantes dos mesmos veículos são bombeiros municipais;

Os bombeiros municipais de Faro vêem-se forçados a incorrer em ilegalidades,sendo obrigados a efectuar serviços posteriormente remunerados através da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Faro – 30 euros por 12 horas de trabalho, sem declaração ao Estado.

Por outro lado, também não podem auferir e exercer na mesma área, relacionada com bombeiros.


A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais lamentam a perseguição que está a ser feita aos Bombeiros Municipais, e que se torna clara na já referida transferência de bombeiros para desempenho de funções que nada têm a ver com o conteúdo funcional e a carreira de bombeiro – especialmente, existindo falta de bombeiros.


Simultaneamente, estão englobados bombeiros voluntários na FOCON, aos quais não conhecemos nem formação, nem avaliações - nomeadamente físicas - ou exames médicos.


Esta situação é claramente uma perseguição: só surgiu depois da Manifestação de Bombeiros Profissionais em Faro – sobre a criação da FOCON.

Até então, estava tudo dentro da normalidade e houve até alguns profissionais que foram avaliados e promovidos há um pouco mais de um ano - como passam, então, de excelentes elementos para dispensáveis, e sem condições para prestar funções na corporação, sendo transferidos para o Museu?


A ANBP e o SNBP vão continuar a denunciar as ilegalidades que estão a surgir, e consideram vergonhosas as atitudes tiques que já não se viam há muitos anos num estado de direito e democrático, como o português.

Este tipo de atitudes prejudica os bombeiros e a população de Faro.


Comunicado da Associação Nacional Bombeiros Profissionais e do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais

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