Mais de 400 bombeiros juntaram-se hoje no Terreiro do Paço, numa concentração de protesto contra o projeto de regime de carreiras apresentado pelo Governo e aprovaram a recolha de assinaturas para um abaixo-assinado e concentrações no próximo ano.
Num plenário nacional que reuniu bombeiros de Norte a Sul do país, incluindo representantes de corporações da ilha da Madeira, os bombeiros sapadores e profissionais aprovaram um conjunto de concentrações a realizar a 03 de fevereiro junto aos governos civis do Porto, Coimbra, Lisboa e Faro.
A recolha de assinaturas contra o projeto de regime de carreiras apresentado pelo Governo vai decorrer até 14 de dezembro e um dia depois o abaixo-assinado será entregue na Assembleia da República a todos os grupos parlamentares.
Para 13 de janeiro ficou agendada uma distribuição em todo o país de comunicados à população em todo o país.
O plenário ocorreu um dia depois do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) ter anunciado a adesão à greve geral de 24 de novembro.
“Isto assim não vai passar”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Francisco Braz, referindo-se ao projeto apresentado pelo Governo.
“É absolutamente incompreensível, é uma falta de vergonha e inconsciência do Governo”, acrescentou o responsável sindical, sublinhando que a proposta para o regime de carreiras, ao incluir no salário base - que começa nos 535 euros – a disponibilidade permanente e suplemento de risco “coloca o salário base abaixo do mínimo nacional”.
O STAL considera ainda que a proposta do Governo para juntar sapadores e bombeiros profissionais não faz sentido.
“Estes profissionais precisam de ter enquadramento operacional. O Governo pretende juntá-los todos. E depois como é que se distingue quem é quem?”, questionou Francisco Braz.
Para o responsável, os bombeiros concentrados no Terreiro do Paço acreditam que vai haver um retrocesso no projeto apresentado pelo Governo e queixam-se de que os governantes apenas se lembram deles “quando há incêndios ou nas cerimónias, onde os querem fardados e a desfilar”.
“O Governo pretende agora que um serviço que é público passe a ser misto. Isto é de uma cabeça louca”, afirmou o responsável sindical, referindo-se à alegada fusão dos bombeiros sapadores e profissionais.
Na resolução aprovada no plenário nacional, os bombeiros exigem a criação de uma carreira única de Bombeiro sapador “digna e assente numa efetiva valorização salarial”, o respeito “pelos tempos de descanso”, a criação de regras de formação profissional contínua e a manutenção do vínculo de nomeação, como forma de reconhecimento da importância do setor no âmbito da Protecção Civil.
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FIRESHELTER52
Um forte abraço aos apoiantes deste plenário/Manif que se predesposeram alguns mesmo após 12 horas de serviço nocturno e a mais de 300 km de casa a participar nesta luta com o significado de melhorar as condições de TODOS os Bombeiros Profissionais...
ResponderEliminarA luta continua...
...Vamos ver se este governo não acordou um gigante adormecio...
O STAL considera ainda que a proposta do Governo para juntar sapadores e bombeiros profissionais não faz sentido.
ResponderEliminarIsto é que é uma vergonha um sindicato que se diz representar profissionais dos Bombeiros em Portugal e faz diferenças no que é ser Bombeiros Profissional Municipal e Bombeiro Sapador, onde tanto um como outra instituição trabalham para uma Autarquia vergonhoso no mínimo.
Como é possível ainda Bombeiros Municipais deste país estarem a ser defendidos pró este Sindicato, isto é mais uma prova quem tem estado a atrasar o processo de igualdades de carreira.
Um recado aos Senhores do STAL, a maioria do Bombeiro Sapador não defende esta medida e quer que os Municipais sejam Sapadores, porque é injusto fazendo todos os mesmos serviços, tendo as mesmas obrigações, não compreendem o porque de vencimentos diferentes.
Um Abraço
JM
Então diga lá, JM:
ResponderEliminarA ANBP marcou a diferença, separou na sua proposta do projecto das carreiras, bombeiros sapadores de profissionais...
Um bombeiro sapador S/C 2ª classe transita para a carreira de sub chefe sapador.
Um bombeiro Municipal de 2ª classe fica na carreira de sapador.
Agora, e porque estou nos dois lados pergunto-lhe, o que um SC2ª dos sapadores tem a mais que um bombeiro de 2ª municipal?
Absolutamente nada;
Digo-lhe ainda mais; nos municipais a formação é muito mais ampla e abrangente do que aqui no regimento;
TAS ,DAE Formadores SD Formadores TS Formadores FF –CFE – CES- CIUI- MP... Chefes de equipa SD CIF CIUI MP...
Formação no INAC, TEPESA, SEGANOSA, ELA...
Até a formação para o posto de 2ª, municipal ou sapador foi feita em conjunto.
Qualquer bombeiro municipal tem o quadruplo das horas de fogo, não se esqueça que os incêndios florestais/rurais também são fogos, o numero de ignições é absurdo e horas no combate nem se falam, inclui também alguns sapadores, como presumo que saiba.
Como vê também ouve diferenciação de ambas as partes, e sem lógica...
Agora, porque quererá a ANBP passar os sapadores para o poleiro e os municipais para o galinheiro?
Isso é igualdade?
Isso é facciosismo, deveria repensar o seu comentário e rescreve-lo.
Um Abraço
B
Caro Camarada,
ResponderEliminarNão me lembro ter aqui escrito ANBP, mas já que fala nela, ANBP/SNBP, eu posso responder como todos os Bombeiros que estiveram no último plenário do projecto do SNPB, em que os Bombeiros de 2º transitam para a categoria de Bombeiro de 1º classe Sapador, uma carreira que só é utilizada até há abertura de quadro de promoção onde estes elementos são automaticamente promovidos e é extinto este posto.
Posso garantir lhe que o SNBP, tudo tem feito para melhorar as condições de trabalho dos Bombeiros Municipais, tem estado sempre ao lado do trabalhador, e o que sei do STAL, nada, e quando digo nada é nada.
Faro, uma vergonha, nem um delegado nem um dirigente do STAL tentou saber o que se passava com aqueles profissionais.
Loulé, durante anos a ANBP/SNBP tentaram que se melhorassem as condições de trabalho desses profissionais, em que com a existência de uma Associação ilegal, atrasavam todo o processo, está resolvido, o STAL nunca quis saber destes profissionais.
Olhão, negociaram as horas dos bombeiros e foi o que foi, uma vergonha, os bombeiros de Olhão ficaram durante anos parados em relação aos outros corpos de bombeiros Municipais do Concelho, o SNBP tem negociado com o Município e já conseguiu que os novos recrutas tirassem formação na Escola do Regimento da mesma forma que foi em Tavira, isto é um passo de gigante formar por igual terem todos os mesmos conhecimentos e falar a mesma língua no que diz respeito ao Socorro das populações, são agentes especializados de protecção Civil.
Eu defendo a ANBP/SNBP por saber que é o único sindicato que defende só a classe de Bombeiros Profissionais, e o que o STAL defende é uma classe de funcionários públicos que no contesto de bombeiros não se aplica.
Tenho dito.
Um abraço a todos os Bombeiros e lutem pelos vossos direitos agora mais que nunca.
JM