05/02/2011

North Atlantic Oscillation-NAO....- Sabes o que é???


Temporais da Madeira, tornado na região-centro, inverno mais chuvoso em Lisboa desde o séc. XIX, ou o verão mais quente desde 1931, assim como o mau tempo na Europa, têm um ‘culpado’: a Oscilação do Atlântico Norte (North Atlantic Oscillation-NAO).

O ano de 2010 foi o ano mais chuvoso da última década em Portugal Continental, enquanto o verão, quente e seco, foi o segundo com as temperaturas mais elevadas desde 1931.

De acordo com o Intituto de Meteorologia o valor total anual da precipitação, em Portugal Continental superou em quase20% o valor referência de 1971-2000, atingindo 1063 mm de precipitação.

Destaque para o valor anual em Lisboa, 1598mm, o mais elevado desde o início das observações na Estação Meteorológica do Instituto Geofísico (1870).

No entanto, entre abril e setembro os valores de precipitação foram inferiores ao valor médio, em especial nos meses de julho, agosto e setembro.

Julho foi o ano mais seco dos últimos 24 anos e agosto só ficou atrás um ano. Temperatura também subiu

No âmbito dos fenómenos extremos, a temperatura também registou valores médios máximos e mínimos superiores aos valores médios (1971-2000.

De acordo com o IM, pode explicar-se esta situação de episódios meteorológicos adversos com o comportamento da Oscilação do Atlântico Norte (North Atlantic Oscillation - NAO), que é um dos principais modos de variabilidade lenta da atmosfera que afeta a região Euro-Atlântica, e Portugal Continental em particular.

O índice NAO está relacionado com a intensidade dos ventos de Oeste e influencia o fluxo de ar atlântico para o continente europeu, bem como a trajetória dominante de sistemas depressionários, ou seja a chuva e as temperaturas que se fazem sentir.

As observações indicam que, a valores baixos da Oscilação do Atlântico Norte estão associadas quantidades de precipitação acima da média em Portugal, enquanto valores elevados deste fenómeno correspondem a quantidades de precipitação abaixo da média.

Daí que, no inverno de 2009/2010 onde se registaram valores recordes negativos da Oscilação do Atlântico Norte à escala mensal e sazonal, estes ventos tiveram implicações diretas no clima particularmente frio, na Europa Central e Setentrional.

O mesmo fenómeno justifica também as grandes quantidades de precipitação a oeste e sul da Península Ibérica, incluindo novos recordes absolutos de inverno em Gibraltar e Lisboa, desde o início das medições regulares a segunda metade do século XIX.

FIRESHELTER52

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