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29/02/2012

Seca não afeta abastecimento de água no Algarve


Esta segunda-feira as barragens de:
Odelouca estava a 65%
Bravura a 81,6%
Funcho a 34,2%
Odeleite a 78,5%
Beliche a 70,1%, pelo que “o abastecimento está garantido” mesmo que não chova durante 3 anos.


Mas na agricultura situação é “calamitosa”.

“Se por hipótese absurda não cair uma gota de água no Algarve inteiro durante três anos consecutivos, o abastecimento está garantido”, disse à Lusa o presidente da empresa, Artur Ribeiro.

Acresce que a Águas do Algarve pode captar 15,8 milhões por ano do grande aquífero subterrâneo Querença/Silves, que se encontra praticamente no máximo da sua capacidade salientou Artur Ribeiro.

Estes viriam juntar-se aos 282 milhões de metros cúbicos atualmente existentes nas cinco grandes barragens, que garantem o abastecimento público e rega para agricultura, garante o responsável da empresa.

“No total temos a possibilidade de utilizar 329 milhões de metros cúbicos nos próximos três anos”, enquanto o consumo para abastecimento público dos últimos três anos contabilizou 203 milhões, dos quais mais cerca de 100 milhões foram para a agricultura.

Segundo as contas da Águas do Algarve, em 2009, o Algarve consumiu 71 milhões de metros cúbicos, em 2010 gastou 67 milhões e no ano passado 65 milhões.

Para Artur Ribeiro só é possível a empresa fazer esta previsão de garantia do abastecimento porque, desde a última seca, no biénio 2004/2005, “a empresa fez o trabalho de casa”.

Estação elevatória reversível 'passa' 600 litros por segundo

Entre as obras realizadas está a construção de uma estação elevatória reversível, na zona central do Algarve, que permite a passagem de 600 litros de água por segundo entre o sistema composto pelas três barragens do barlavento (oeste) e o sistema Odeleite/Funcho, no sotavento (este).

As duas outras vertentes do «trabalho de casa» da empresa foram a construção de grandes captações de água para o aquífero Querença/Silves, nas povoações de Vale da Vila e de Benaciate, ambas no concelho de Silves, e a construção da grande barragem de Odelouca.

Para Artur Ribeiro, “sem Odelouca, hoje estaríamos com um problema grave”, garantindo que os atuais 102 milhões de metros cúbicos face à capacidade máxima de 157 milhões (65%) “poderiam ser mais se não tivesse sido deitada água à ribeira nas várias fases de enchimento”.

A barragem de Odelouca, cujo primeiro projeto data de 1977, começou a ser construída em 2001, mas a obra parou em 2003 devido a uma queixa de organizações ambientalistas em Bruxelas contra o Estado português e, mais tarde, devido a um contencioso entre a construtora e o Estado.

A gestão da barragem, inicialmente a cargo do INAG (Instituto da Água), foi entregue à Águas do Algarve em dezembro de 2006 e as obras recomeçaram em fevereiro de 2007, ficando concluídas em finais de 2010.

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