08/08/2012

Empresa de parque eólico em Cachopo iliba trabalhadores

A empresa CME, responsável pela construção do parque eólico de Cachopo, revelou hoje que as investigações internas que tiveram lugar logo após o fogo no Algarve ilibam os trabalhadores da empresa de qualquer culpa na sua origem.

Fonte da empresa disse à Agência Lusa que os inquéritos internos produzidos logo após os incêndios “chegaram a uma conclusão diferente” da Polícia Judiciária, que nos últimos dias constituiu arguidos vários trabalhadores da empresa, por suspeitas de estarem na origem do fogo.

A mesma fonte afirmou que a CME vai agora aguardar o resultado das investigações policiais ainda em curso e não faz mais comentários.

Segundo fonte judicial, trabalhadores da empresa de construção do parque eólico do Cachopo foram constituídos arguidos, por suspeita de serem os culpados do incêndio que consumiu mais de 26 mil hectares de mato no Algarve, em julho.

De acordo com a mesma fonte, o primeiro foco de incêndio surgiu na sequência de uma queimada de combustão lenta que os funcionários da empresa estariam a fazer numa clareira junto a um poste de transporte de energia.

O incidente que provocou o fogo ter-se-á dado quando o cume do monte de terra abateu sobre a lenha em combustão, provocando o que os peritos chamam “efeito vulcão”, que projeta chispas a vários metros de distância, disse a mesma fonte.

A fonte adiantou que aquele tipo de queimada é ilegal.

O caso ainda está a ser investigado pela Polícia Judiciária e foi objeto de peritagens logo a seguir ao fogo que consumiu grande parte dos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, entre 18 e 22 de julho.

Diário Digital com Lusa

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