28/09/2012

Investigador Xavier Viegas entrega relatório sobre incêndio de Tavira na segunda-feira

Domingos Xavier Viegas, responsável pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Lousã, disse à agência Lusa que a entrega do documento está prevista para as 15:00, na sede do MAI, em Lisboa.

O docente universitário escusou-se a revelar o conteúdo do relatório, "que deverá ser conhecido primeiro" pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

"Foi ouvida muita gente" com vista a elaborar um documento que "tem cento e tal páginas", limitou-se a afirmar o autor, que investiga a problemática dos incêndios florestais em Portugal há mais de 25 anos.

Xavier Viegas é presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), que reúne vários investigadores da Universidade de Coimbra e tem participado em vários projetos internacionais.

Em agosto, Miguel Macedo decidiu pedir a uma entidade independente uma avaliação aos incêndios que atingiram a Serra do Caldeirão, entre Tavira e São Brás de Alportel, de 18 a 21 de julho, anunciando que o relatório deveria estar concluído até ao fim de setembro.

O despacho nesse sentido surgiu no dia 13 de agosto, depois de a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) ter elaborado o seu próprio relatório sobre os acontecimentos.

O governante solicitou a Xavier Viegas uma avaliação mais profunda, já que o relatório apresentado pela ANPC não apresentava "recomendações, nem eventuais medidas corretivas a adotar em ocorrências similares".

Miguel Macedo determinou que a nova avaliação "incida sobre todos os aspetos daquela ocorrência e formule recomendações e eventuais medidas corretivas a adotar no futuro".

Segundo o despacho, foi solicitada uma "análise do dispositivo de intervenção e estratégia de atuação no incêndio Tavira/Cachopo/Catraia", que lavrou durante quatro dias, podendo o investigador recorrer à colaboração de peritos nacionais e estrangeiros.

A ANPC estima que estes incêndios tenham consumido uma área aproximada de 24 mil hectares, sobretudo em espaços florestais.

O comandante do Comando Nacional de Operações e Socorro, Vítor Vaz Pinto, admitiu que "houve falhas" no combate ao incêndio da Serra do Caldeirão.

Na altura, também a Liga dos Bombeiros Portugueses, num relatório elaborado pelo seu ex-presidente Duarte Caldeira, concluiu ter havido "falhas graves na estratégia e coordenação" e "um total descontrolo" nas primeiras 34 horas do fogo

1 comentário:

João Horta - FIRESHELTER52 disse...

Caro comentador das 15:09

como compreende "publicar aquilo que escreve"... não é... ou melhor... será complicado para mim...

Identifique-se de alguma forma, que eu passo a citar o que escreveu.

Espero que compreenda, um abraço
FIRESHELTER52