As taxas moderadoras deverão aumentar 2,6 por cento a partir do início de 2013, acompanhando o valor da inflação de 2012.
A subida do custo das taxas preocupa os médicos, que receiam o afastamento dos doentes dos cuidados de saúde por falta de condições de pagamento.
E ilustra o problema com o recente caso de uma doente que começou a chorar no gabinete médico do centro de saúde "porque não tinha dinheiro para ir a todas as consultas marcadas". Não é caso único, porque há cada vez mais utentes a faltar às consultas.
Segundo o médico, passou a ser frequente os doentes perguntarem quanto custam os exames e os medicamentos prescritos.
Alguns pacientes pedem também para adiar as consultas e os exames, porque "não podem pagar taxas moderadoras".
Apesar dos utentes mais carenciados estarem isentos do pagamento das taxas – os que têm um rendimento mensal até 628 euros –, a verdade é que quem recebe pouco acima desse valor sente extrema dificuldade em suportar os custos da Saúde.
"As pessoas já não podem suportar mais aumentos, porque tudo subiu de preço. Têm filhos desempregados para ajudar e já não têm dinheiro", afirmou.
"MILHARES JÁ EVITAM IR AO MÉDICO"
Carlos Braga, do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos, afirmou ao CM que há "milhares de cidadãos" que evitam ir aos hospitais e centros de saúde porque têm dificuldades em pagar. "As pessoas só vão ao médico com a doença mais adiantada, levando a mais dias de baixa e mais despesa para o Estado", diz Carlos Braga.
Por:Cristina Serra in Correio da Manhã
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