02/10/2012

Má gestão "queima" florestas mediterrânicas

A organização internacional WWF alertou, esta terça-feira, para a má gestão florestal, que se junta à crise económica e à negligência, para ameaçar as florestas mediterrânicas com incêndios, e aponta o exemplo de Tavira, com várias espécies ameaçadas.

Em comunicado, a organização de conservação da natureza apela aos governos mediterrânicos para concretizarem medidas de conservação das florestas, com aposta na prevenção de fogos, na gestão florestal sustentável, "mais eficiente do que o financiamento de gigantescos mecanismos de combate a incêndios", e na sensibilização da população.

A WWF refere que mais de 300 mil hectares de florestas e terrenos agrícolas, com elevado valor económico e ambiental, em Portugal, Itália, Grécia, Espanha e Turquia, foram "severamente atingidos por incontroláveis" incêndios florestais.

"Grandes áreas de importantes ecossistemas e valiosos terrenos produtivos, como os parques nacionais de Garajonay nas Ilhas Canárias e de Cabañeros no Centro de Espanha, importantes áreas rurais como as terras de goma de aroeira (Pistacia lentiscus var chia), na ilha de Chios, Grécia, ou o Sítio Natura Serra do Caldeirão, no Sul de Portugal, foram gravemente afetados pelos fogos", lista a WWF.

Citando o Relatório de Avaliação dos Impactes sobre Espaços Florestais Decorrentes do Incêndio Florestal de Catraia (Tavira), refere que o incêndio na Serra do Caldeirão atingiu uma área de 24.843 hectares, cerca de 17% da sua superfície total, dos quais 8.090 hectares pertencem à Zona de Proteção Especial (ZPE) e Sítio de Importância Comunitária (SIC) do Caldeirão.

Este incêndio afetou áreas com espécies ameaçadas como a águia-de-Bonelli, a águia-cobreira e o bufo-real e ainda habitats com condições adequadas ao lince-Ibérico.

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FIRESHELTER52

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