Um idoso que sofreu uma paragem cardiorrespiratória, na ilha da Culatra, morreu à espera de assistência médica. Família queixa-se da demora do INEM, que tem de ser transportado por Marinha.
José de Brito, mariscador de 74 anos, residente na ilha da Culatra, morreu enquanto esperava por assistência médica.
A família queixa-se da demora na resposta a problemas de saúde, nas ilhas Barreira da ria Formosa, que aumentou quando o barco-ambulância ‘Ria Solidária’ parou, no início de 2011.
Desde essa altura, o socorro às ilhas Barreiras é assegurado por um salva-vidas da Autoridade Marítima, sediado em Olhão, que transporta as equipas do INEM. O caso aconteceu, há uma semana, por volta das 18h00, altura em que os dois tripulantes do salva-vidas já não se encontravam de serviço, revela o “Correio da Manhã”.
"As pessoas só podem adoecer das 09h00 às 17h00. Pois como o mestre do barco vive na Fuseta, até chegar a Olhão e partir para a ilha, a assistência demora uns 30 minutos", acusa Cristiana Viegas, filha da vítima.
Na altura um colaborador do Algarve Primeiro encontrava-se no local, e relata que a espera dos elementos do INEM (médico, enfermeiro e técnicos) foi longa ao ponto de a equipa de emergência médica, após ter entrado na embarcação, ter ficado ainda mais alguns minutos até que os motores fossem ligados.
O INEM, não chegou a tempo de reanimar José de Brito. "Em emergências médicas, o salva-vidas só serve para trazer caixões", diz Cristiana, que reclama "um barco sempre disponível, pois assim as pessoas não têm socorro garantido".
O ‘Ria Solidária’, adquirido pelo Governo Civil de Faro, em 2008, teria essa função, mas está parado há mais de dois anos. Segundo Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, a "labiríntica burocracia entre Proteção Civil e Marinha" impede a embarcação de voltar a operar.
Algarve Primeiro:http://algarveprimeiro.com/index.php?article=30435&visual=8&id_area=1&layout=20
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