Fica aqui, a descrição do sucedido acompanhada desde hoje com as fotos, esperando que tal ocorrência não se volte a verificar nunca mais...
Tavira adormecera naquela noite de 30 de Março de 1881, sob um violento temporal, com a chuva a cair copiosamente nos belos telhados de tesoura.
Era meia-noite e meia hora quando, então se fez ouvir um medonho trovão que fez tremer toda a cidade e acordar sobressaltada a população.
A princípio tudo parecia não passar de um susto coletivo, mas as consequências daquele fenómeno viria a trazer graves consequências para o património arquitetónico da terra.
Um relâmpago incendiou, de imediato, a Capela Mor da Igreja de São Francisco, a riquíssima Capela dos Terceiros.
As testemunhas oculares desta tragédia foram as sentinelas prostradas nos torreões do quartel militar que estavam próximos da igreja.
Uma das sentinelas diria, depois, que vira cair um raio no zimbório da igreja (cúpula), com tal susto que acabou por desmaiar. Outra sentinela que montava guarda ao paiol da pólvora do referido quartel, distante apenas por 50 metros do local do incêndio, vendo sair línguas de fogo pelas frestas do zimbório da igreja gritou às armas para chamar a atenção do oficial e do reforço de guardas do quartel.
Pouco tempo depois todos os sinos das torres das igrejas da cidade tocaram a rebate, fazendo saltar da cama a população.
Muita gente acorreu, então, a ajudar na luta contra o incêndio que devastava o belo templo, mas apesar de todos os esforços em poucos momentos tudo ficou reduzido a cinzas acabando apenas por se salvar a Capela da Senhora da Boa Morte e a denominada “Santuário”.
Felizmente o vento que inicialmente se fazia sentir acalmou repentinamente evitando que o incêndio se propagasse ao Hospital que ladeia a igreja ou mesmo ao paiol militar próximo do local do incêndio, acabando os populares e os militares por extinguir as chamas”...
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João Horta - FIRESHELTER52
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