23/10/2015

Substituição da degradada ponte militar de Tavira

A ponte militar sobre o Gilão, uma estrutura provisória que é usada há 25 anos, vai ser finalmente substituída por uma ponte definitiva.

A Câmara de Tavira já lançou o concurso para o projeto de execução da nova infraestrutura e conta ter uma ponte nova naquela zona nobre da cidade até final de 2017, gastando, «no limite, 2,5 milhões de euros», revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara de Tavira Jorge Botelho.

A obra será feita com dinheiro da Câmara de Tavira, com eventuais apoios da União Europeia, embora «não se deixe de fazer, mesmo que não haja verbas comunitárias».

«Ainda não sabemos se vamos conseguir ter acesso a fundos comunitários. À partida não, mas estamos a tentar encaixar a obra em alguma rubrica. Independentemente disso, a obra vai avançar de certeza», assegurou Jorge Botelho.

O edil adiantou que a intervenção «já será sinalizada com uma pequena verba no Orçamento para 2016». Mais tarde, quando já houver um projeto de execução e seja possível alinhar um calendário para a construção da ponte, «far-se-á uma revisão do orçamento», para lá colocar a verba necessária.

Esta é uma obra há muito reclamada pela população de Tavira, já que a ponte está muito degradada.

Além de obrigar a limitações ao trânsito, o estado da ponte coloca questões de segurança, já que o seu tabuleiro de circulação é composto por traves de madeira emolduradas em estruturas de metal, revestidas por alcatrão. Os muitos buracos existentes levam a que seja arriscado passar em alguns locais da infraestrutura.

A ponte, que liga o Jardim Público de Tavira (Rua do Cais) à confluência das ruas Jacques Pessoa e Borda d’Água Aguiar, foi instalada em 1990 pelo exército, segundo as técnicas de engenharia militar, e, apesar de não ter sido pensada para ter um caráter permanente, mantém-se ao serviço ainda hoje.

A intervenção do exército deveu-se ao caráter de urgência da obra, já que, um ano antes do início da sua construção, a vizinha ponte romana tinha sido danificada por uma cheia e não havia, na altura, as alternativas de travessia do Rio Gilão que hoje existem.

Daí que haja a vontade de que a nova ponte comece a ser construída rapidamente. O processo que levará à escolha do projeto de execução vencedor deve terminar, «o mais tardar, em Fevereiro de 2016», seguindo-se novo concurso público, desta feita para adjudicação da obra.

Para já, «os termos de referência já estão na plataforma eletrónica e estamos a aceitar propostas», disse Jorge Botelho.

As propostas têm de incluir, não só, o projeto da nova ponte, mas também a planificação do processo de desmontagem da atual infraestrutura.

Isso levará a que, a partir do momento em que a obra seja adjudicada e até que a nova ponte esteja concluída, se deixe de poder fazer a travessia do Gilão de carro, naquela zona.

Quem circular a pé, pode continuar a usar a ponte romana, situada a poucos metros, na Praça da República.

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