21/01/2024

Barragem da Malhada de Peres - Serra de Tavira

Através do facebook de um amigo vi estas magnificas fotos à barragem da Malhada de Peres e não pode deixar de partilhar com quem não a conhece.


Uma das maiores barragens do concelho de Tavira, se não mesmo a maior barragem.

Situa-se a na freguesia da Conceição de Tavira a poucos quilómetros a norte da A22 (como ponto de referência), muito perto também da Mata Nacional.

Inaugurada em 2004, uma estrutura acessível mas que também notoriamente carente do precioso liquido para a qual foi construída, a água.

Ficam aqui algumas fotos:








Rui Pereira


FIRESHELTER52

13/01/2024

Sabe o significado original das cartas de um baralho

As 52 cartas representam as 52 semanas no ano.


As duas 2 cores o dia e noite.

Os 4 naipes as 4 estações e 13 semanas por temporada.

São doze cartas judiciais representando os 12 meses.

Se somarmos cada uma das cartas (ás + ás + ás + ás + dois + dois + três + sete + oito ... e etc) do jogo teremos 364.

O jogo de cartas é um calendário agrícola que nos falava das semanas e das estações do ano.

A cada nova temporada, era a semana do Rei, seguida pela semana da Rainha, do Valete e assim por diante, até que a semana do AS muda de estação e começa com uma nova cor.

Os Curingas foram usados em anos bissextos.

Quem sabia disto?

coligido in facebook 

João Horta -FIRESHELTER52

11/01/2024

Grande Cheia de Janeiro de 1969

A 9 de Janeiro de 1969 da-se uma grande cheia que inunda toda a parte baixa da Cidade de Tavira.

Não há grandes relatos sobre a forma como se desenvolveu a cheia, mas pelas fotos que consegui coligir na internet, reparo que o caudal do Gilão corria alto e com força. dando a sensação que tudo se tratou ao exemplo da cheia de 89 de uma violenta enxurrada de águas provenientes da nossa serra.

Partilho assim algumas fotos deste dia que não terminava sem que um valente tremor de terra tenha também assolado a cidade, ficando ainda presente na memória dos mais velhos.







FIRESHELTER52

10/01/2024

Como funcionam os aquecedores radiantes a óleo

Aquecedores a óleo consistem em equipamentos que possuem colunas de metal com cavidades interiores, por onde passa um óleo quente.



Dentro do corpo junto das barras do aquecedor está o óleo diatérmico, que flui livremente ao redor do aquecedor.

O óleo não é usado como combustível, mas serve como reservatório de calor,ele apenas continua circulando pelo aquecedor enquanto você o tem ligado.

Quando conectado, a eletricidade faz trabalhar uma resistência dentro do aquecedor para gerar calor.

À medida que o óleo no aquecedor aquece, ele começa a circular dentro das colunas.

Como o óleo demora a perder calor, a unidade só liga ocasionalmente para manter o líquido na temperatura certa.

Alguns modelos básicos têm configurações alta, média e baixa, mas outros oferecem temporizadores e controles precisos de temperatura do termostato.

À medida que o óleo se move, ele transfere calor para as paredes do aquecedor, criando uma temperatura uniforme da superfície.

Uma das vantagens de um aquecedor a óleo é que eles operam silenciosamente, isso ocorre porque a maioria dos modelos não possui ventiladores embutidos para distribuir o ar quente.

À medida que as barras de metal ficam quentes, elas começam a irradiar calor, esse calor circula pela sala por convecção natural no ar.

Ao contrário dos radiadores tradicionais, os radiadores a óleo são móveis e podem ser movimentados em quase todos os lugares.

Eles se conectam à eletricidade da sua casa com uma tomada comum e a maioria possui alças de transporte, modelos maiores possuem rodas para facilitar o reposicionamento.

Uma preocupação comum dos compradores é sobre a necessidade de reabastecer o óleo mas como o óleo não é queimado, mas usado como reservatório de calor, você não precisa reabastecer.

A alta capacidade específica de calor e o alto ponto de ebulição do óleo significam que seu aquecedor pode armazenar muito calor sem que o óleo aqueça o suficiente para ferver.

Isso torna o design do sistema muito mais simples.


FIRESHELTER52

05/01/2024

Segurança contra incêndio para idosos & Vulneráveis

Algumas pessoas idosas ou com mobilidade reduzida podem estar particularmente em risco quando sujeitas a situações que envolvem acidentes ou incêndios dentro de estruturas.


Temos visto nas noticias que aproximadamente mais de metade das vitimas mortais por incêndios domésticos tem 65 anos ou mais, também tenho reparado que pessoas com deficiência também estão a sofrer com esta situação num quadro aumentado de risco.

A falta de mobilidade, o olfacto e a tolerância reduzida ao fumo e à presença de grandes quantidades de calor são entre outros os fatores que mais contribuem para estas mortes. 

As principais fontes de ignição incluem fogões, velas, queima de carvão, aquecedores, cobertores e outros equipamentos elétricos.

As pessoas idosas que fumam na cama ou adormecem em cadeiras ou sofás com cigarros acesos resultaram também em diversificadas situações graves, como intoxicações, queimaduras ou morte, sendo ainda que o  problema é particularmente agudo para quem mora sozinho.

Os Serviços de Bombeiros e protecções civis municipais devem de redobrar as suas atenções a este quadro mais idoso e carente da sua comunidade, como por exemplo dotar as habitações sociais ou arrendadas pelos municípios com detetores de fumo portáteis, extintores, placas de sinalização e ações locais de informação e treino.

Nos casos de questões, devem ainda estes serviços prestar apoio proximal a civis que assim solicitem indicações ou aconselhamentos de segurança. 

Depois, instituições que desenvolvem um serviço social de proximidade junto destes mais idosos devem incluir nas suas atividades espaços dedicados à informação dos perigos presentes e nos trabalhos artesanais desenvolvidos, sejam eles tapeçarias, pinturas, barro ou outros incluir temas inerentes ao desenvolvimento à segurança contra incêndios.

Tenho a certeza que com mais informação a defesa e proteção dos mais idosos ficará ainda mais forte e todos eles mais seguros.

Fica a dica.

João Horta - FIRESHELTER52

03/01/2024

Sismo de 1722 em Tavira - Descrição dos Franciscanos no Convento em Tavira

Dois grandes sismos abalaram o Algarve no século XVIII, respetivamente em 1722 e 1755. 

Do terramoto de 1755 existem alguns breves relatos sobre os seus efeitos na cidade de Tavira. 

Quanto ao de 1722, pouco se sabe. Por isso trazemos hoje aqui um texto extraído da "Crónica Seráfica", que nos relata o caso curioso vivido, na altura, no Convento dos Frades Franciscanos de Tavira.


"Entre os muitos e grandes terramotos, que experimentaram estes Reinos, particularmente o do Algarve, como escrevem os nossos Historiadores, é digno de memória o que sucedeu na Cidade de Tavira no ano de 1722. 

Em 27 de Dezembro deste ano, dia do Evangelista Mimoso, pelas seis horas da tarde, houve um grande , e violento tremor de terra, que principiando do Cabo de S. Vicente, correu e se dilatou por aquele Reino. 
As vilas de Vila Nova de Portimão, Albufeira, Loulé, e as Cidades de Faro e Tavira exprimentaram o maior estrago, com a morte de muitas pessoas e admiração de todas. 
Arruinaram-se algumas Igrejas, Conventos, torres, muralhas e inumeráveis casas, que ou ficaram totalmente caídas, ou abertas e inabitáveis, e até algumas embarcações se acharam em seco no mar. 

Tal foi a comoção do povo de Tavira, que, sem encarecimento, afirmam algumas pessoas fidedignas, que se acharam naquela Cidade na mesma ocasião, havendo visto um retrato, ou sombra do dia de Juízo. 
Soou tão longe o eco daquele tremor, que na mesma hora, em que sucedeu no Algarve, fez impressão neste Convento de Xabregas, abalando a cama de um Religioso, que nela se achava recostado, fazendo soar por si o sino do nosso relogio. 
Achavam-se os Religiosos do Convento de Tavira no Refeitório tomando a sua refeição da ceia; e no mesmo ponto, em que soou o tremor, se abalaram as paredes com movimento visível: o leitor da mesa se pegou ao púlpito, dando vozes, pedindo a Deus misericórdia; os serventes da mesa com as mesmas quartas de água, que tinham nas mãos para concluírem a cerimónia dela, fugiram para a cerca: 

O Prelado com igual susto concluiu o acto; e saindo todos para fora, foram procurar refúgio contra os ameaços do Ceu. Uns pediam aos outros confissão, e todos desejavam confessar-se, sem haver quem pudesse ouvir, nem ser ouvido. Nesta grande confusão recorreram todos a Deus por meio do Augustíssimo Sacramento da Eucaristia, e entrando na Capela-mór, aberto o Sacrário, fizeram as preces costumadas, sendo tantas as lágrimas, como os suspiros. 
Acabadas as preces, tomou a Comunidade sua disciplina, em que os golpes soavam mais que as vozes, e o sangue se confundia com as lágrimas, e cada um dava a despedir-se, cuidando todos ser aquela noite o último dia de sua vida."

(Foto: Pormenor da igreja do Convento de São Francisco, numa gravura da cidade de Tavira publicada no jornal "O Panorama", de 1843).


João Horta - FIRESHELTER52