08/01/2010
Ambulâncias do INEM andam a "servir de táxi"
A maioria dos doentes transportados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica não são urgentes.
Os técnicos das ambulâncias garantem que transportam de tudo, até pessoas para consultas.
A direcção diz que mais vale pecar por excesso, mas vai averiguar.
Os Técnicos de Ambulância e Emergência (TAE) do INEM estão cansados de "servir de táxi".
A sua missão é socorrer e transportar doentes urgentes, em risco de vida, mas a realidade não é bem essa. "Cerca de 60% dos transportes que fazemos não deviam ser feitos pelo INEM.
Andamos a transportar pessoas com unhas encravadas, com dores nas costas ou dores de ouvidos e até, por mais caricato que pareça, pessoas que vão para as consultas externas dos hospitais", afirma Ricardo Rocha, presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência, único do sector.
O problema não está no accionamento dos meios de socorro.
Ricardo Rocha defende que, após a triagem inicial, as ambulâncias devem sair para avaliar o estado da vítima.
Em causa estão as decisões dos médicos do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes), que pertence ao INEM), depois dos técnicos avaliarem no local o estado de saúde da vítima. "Para evitar falhas, mandam-nos transportar sempre, seja urgente ou não.
Às vezes levamos o doente e no carro atrás vão os familiares", critica.
O dirigente sindical explica que este modo de funcionamento foi aplicado pela direcção anterior, que terá dado ordens aos médicos do CODU para que as ambulâncias façam sempre o transporte para evitar falhas.
Certo é que, muitas pessoas chamam o INEM por ser um serviço gratuito e por terem a convicção errada de que serão mais rapidamente atendidas no hospital se chegarem de ambulância.
Fonte:JN
Fireshelter52
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