12/06/2010

Ora cá está outro ponto de vista...


Na sequência das notícias emitidas pela Comunicação Social sobre a falta de vigilância nas praias de mar do concelho de Silves, nomeadamente a de Armação de Pêra, O comandante da Capitania de Portimão, garantiu que a vigilância está a ser assegurada pelos nadadores salvadores das concessões vizinhas e em breve a situação deve ser normalizada.

Então uma empresa que emprega obrigatoriamente duas pessoas com uma formação específica, paga e mantida por elas sem apoios estatuais, que não recebe um cêntimo de apoio do estado pois os socorros a náufragos estão sobe a alçada das concessões que são obrigadas se quiserem laborar a possuírem tais funcionários.

Tem de pagar para obter fardamento obrigatório e essencial sobe pena de coimas.

Material de socorro a náufragos caríssimos e de carácter obrigatório, entre outras dezenas de impostos, taxas e licenças...

São agora o seguro e sustento do socorro da linha litoral?

A autoridade que mede a palmo e metro as concessões para se certificar que não possuem mais um metro quadrado de areia daquilo que pagam, pede agora a colaboração dos seus funcionários para vigiarem áreas que não lhes pertencem?

Porque não coloca a autoridade marítima um posto próprio de vigilância e socorro a náufragos no local, isto sim, o socorro e vigilância a náufragos cabe-lhes a eles.

E se por ventura, enquanto o nadador-salvador se desloca uns metros para a área não vigiada para acudir alguém e durante este tempo de socorro fora da sua área de actuação um banhista na sua concessão entra em afogamento, sem ninguém para o acudir?

A Autoridade Marítima responsabiliza-se por esta morte, ou o desgraçado do empresário que tem a concessão esta feito ao bife por falta de meios humanos de vigilância e socorro disponíveis na altura?

Mais uma vergonha do socorro em Portugal.

Isto claro, sobe o meu ponto de vista, admite-se outras elações.

Um abraço
FIRESHELTE52

1 comentário:

NS disse...

Bem observado, a ilha de tavira tem 30 km de faixa de mar só 500 ou 600 metros é que são vigiados...

Se fora das concessões que por acaso até são privadas se der a existência de um acidente duas coisas acontecem:

- ou morre por falta da resposta do socorro.

-ou morre por resposta deficiente no socorro.

Agora eu pago a um nadador salvador mais de 1000 euros e só deus sabe o sacrificio que faço para não lhe ficar a dever, e ele agora vai fazer serviço a 300 ou 400 metros do seu local de trabalho porque o estado não possui resposta eficaz.

Azar, vede o acesso á praia não vigiada, a mim dava-me um jeitão...

se eu que sou um teso tenho de ter vigilância e segurança na minha concessão, porque é que o estado não á de ter nas zonas balneares não concessionadas???