16/09/2020

VERTIGEM ou SÍNDROME VERTIGINOSA

A vertigem é um sintoma no qual a pessoa tem a sensação de uma tontura rotatória, podendo causar náuseas, vómitos, ilusão de movimento, etc. Existem dois tipos de vertigem, a Central e a Periférica.



O corpo detecta a postura e, por conseguinte, controla o equilíbrio através de órgãos do equilíbrio localizados no ouvido interno. 

Esses órgãos possuem conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A vertigem pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. 

A vertigem pode estar relacionada a problemas visuais ou a alterações súbitas da pressão arterial. Muitas condições podem afetar o ouvido interno e causar vertigem.

Essas condições incluem infecções bacterianas ou virais, tumores, pressão anormal, inflamação de nervos ou substâncias tóxicas. 

A causa mais comum de vertigem é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer indivíduo cujo ouvido interno é sensível a determinados movimentos, como o balanço (oscilação) ou as freadas e acelerações abruptas.
Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante viagens de carro ou de barco. A doença de Meniere produz crises episódicas e abruptas de vertigem, juntamente com zumbidos nos ouvidos e surdez progressiva.

A duração dos episódios varia de alguns minutos até algumas horas e, frequentemente, eles são acompanhados por náusea e vómito intensos. A sua causa é desconhecida. As infecções virais que afectam o ouvido interno (labirintite) podem causar uma vertigem que normalmente manifesta-se subitamente e piora ao longo de algumas horas. Após alguns dias, a condição desaparece sem tratamento. O ouvido interno comunica-se com o cérebro através de nervos. Uma área situada na porção posterior do cérebro controla o equilíbrio. Quando a circulação sanguínea dessa área do cérebro é comprometida (distúrbio denominado insuficiência vertebrobasilar), o indivíduo pode apresentar vários sintomas neurológicos, inclusive a vertigem.

As perturbações do equilíbrio são uma das perturbações mais comuns, representando cerca de 5% das queixas apresentadas pelos doentes em Clínica Geral, e cerca de 10% daqueles que procuram o Otorrinolaringologista.

A vertigem dá uma sensação de incapacidade e insegurança. Por vezes os doentes queixam-se de sensação de morte iminente, apresentando níveis de ansiedade extrema, levando o médico a pensar que a vertigem é causada pela ansiedade e não o contrário.

Tratando-se de uma patologia interdisciplinar, o doente não sabe bem a que especialidade recorrer e, muitas vezes, é enviado de especialidade em especialidade, pois o "veredicto" do exame é normal.

O diagnóstico das causas da vertigem é dos mais difíceis da medicina moderna. Mas, actualmente, existem alguns exames que permitem uma abordagem funcional do sistema do equilíbrio: a electro/videonistagmografia e a posturografia dinâmica computorizada.

Estes permitem muitas vezes a escolha da terapia adequada.

As causas mais comuns da síndrome vertiginosa de origem periférica são: Vertigem posicional paroxística benigna; Neuronite vestibular; Doença de Meniere; Labirintite Neurinoma do Acústico; Fístula Labiríntica; Fistula de Perilinfa; Otosclerose. 

Outras causas também comuns de vertigem: Vertigem de Mudança de Posição; Migraine Vestibular; Vertigem Cervical; Descompensação vestibular; Esclerose Múltipla AVC ou AIT; Doença Cerebelosas T.C.E. A farmacoterapia, a cirurgia e a reabilitação vestibular permitem o tratamento da vertigem, sendo a cirurgia um método ainda pouco utilizado.

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