O tabagismo é o fator mais importante para o desenvolvimento de doença coronária e causa 50% das mortes evitáveis. Nos fumadores o risco é 60-70% superior aos dos não fumadores. O tabaco deve ser evitado em absoluto, pois não há nenhum nível de exposição que seja considerado seguro. Deixar de fumar é a medida mais eficaz para reduzir o risco de doença coronária.
Na diabetes existe excesso de açúcar no sangue. Isto acontece quando o pâncreas não produz insulina suficiente e/ou quando esta não atua eficazmente, esta última forma associada ao excesso de peso e ao sedentarismo. Esta doença necessita de ser bem controlada de forma a evitar complicações, nomeadamente cardíacas, pois estas são a principal causa de morte nos diabéticos.
Portugal tem uma realidade dramática em relação à hipertensão arterial (HTA). Em geral, a pressão arterial deverá ser <140/90 mmHg. É fundamental um cumprimento rigoroso da medicação e uma redução do sal na alimentação.
A dislipidémia corresponde a um aumento do colesterol, dos triglicerídeos ou de ambos. A redução das gorduras na alimentação e o cumprimento rigoroso da medicação (“estatinas”) são fundamentais para o seu controlo.
A obesidade ocorre quando o número de calorias ingerido é superior ao que é gasto, sendo armazenadas em gordura. Esta associa-se à diabetes, dislipidémia e HTA que, no seu conjunto, aumentam o risco de enfarte agudo do miocárdio. Uma dieta pobre em gorduras saturadas e baseada no consumo de vegetais, fruta e peixe – a dieta mediterrânica – é fundamental na prevenção cardiovascular.
O risco de desenvolver doença cardiovascular aumenta 50% nas pessoas que não praticam atividade física.
Recomenda–se a prática de 30 minutos/5x por semana de exercício aeróbico de intensidade moderada ou 15 minutos/5x por semana de exercício de elevada intensidade.
O exercício diminui a pressão arterial, os níveis de colesterol, melhora os níveis de açúcar, reduz o peso e melhora o bem-estar psicológico.
Os fatores de risco descritos são bem conhecidos e potenciam-se entre si, fazendo com que pequenas elevações em vários parâmetros condicionem em conjunto um maior risco.
O melhor remédio para não ter um evento coronário agudo é a prevenção.
Espero ter ajudado
João Horta - FIRESHELTER52
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