28/01/2010

INEM quer melhorar Triagem


Em média, foram atendidas 4.887 chamadas por cada dia do ano passado nos serviços do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Esta tarefa foi desempenhada por 116 técnicos de operações de comunicações, cujo número irá ser alargado.

Tudo depende das candidaturas que surgirem (estão abertas no site do INEM) e do tempo necessário à formação, assegurou ontem Abílio Gomes na audição parlamentar da Comissão de Saúde.
O mesmo responsável garantiu que o descongelamento de lugares para esta função já permitiu a admissão de oito pessoas para o CODU do Porto, faltando agora a formação.


Abílio Gomes admitiu que o INEM terá que aprimorar a triagem de doentes e a decisão de os transportar, bem como o equipamento e tecnologia de localização do ponto em que os doentes se encontrem.

Mas na audição contestou os deputados nas suas dúvidas sobre a triagem dos doentes pelo telefone: "A decisão médica é tomada com base no que diz o contactante e que se traduz em impaciência, falta de ânimo e pouca ou nenuma capacidade para responder à mínima pergunta".

O presidente do INEM refutou, na mesma linha, que seja muito elevada a percentagem de 4,5% a 5% de chamadas que não chegam a ser atendidas.
Isso é atribuível ao facto de quem liga ter uma noção de tempo temperada pela aflição e mal esperando por dois toques. Procurará, em alternativa, ligar para bombeiros ou familiares, admitiu Abílio Gomes, que afirmou serem sempre feitos telefonemas pelos técnicos para recuperar esses contactos.
Não soube referir em que tempo útil, mas adiantou os accionamentos de meios 782.675 vezes ao longo de 2009.

O serviço de três novos helicópteros aguarda apenas pelo visto do Tribunal de Contas, afiançou o presidente do INEM, ao falar em mais meios de socorro na emergência médica. Estas três unidades ligeiras (as três já existentes servem de transporte de doentes graves entre hospitais) vão passar a socorrer acidentes como os mais graves das auto-estradas.

Em resposta às interrogações dos deputados sobre o arranque do programa , já legalmente autorizado, de colocação de desfibrilhadores em locais de grande afluência do público, Abílio Gomes assegurou que há um departamento no INEM para responder aos pedidos. Estes são, por enquanto poucos, afirmou ainda, para acrescentar que antes de poderem ser instalados estes equipamentos para acorrer a paragens cardíacas tem de ser montado o sistema de fiscalização e formação.

Fonte:JN // Bombeiros.pt

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