26/05/2010

Vigilância das praias


Uma coisa faz-me uma certa confusão...

Uma empresa que vende serviços balneares, ao mesmo tempo que cuida e mantém a higienização das praias, paga os impostos, taxas de utilização, e ainda os salários aos seus colaboradores, é também responsável pelo socorro e assistência a náufragos dentro e “fora”da sua área concessionada.

Neste momento, alvo especulativo associado ao elevado número de mortes verificados nos últimos dias por todo o território nacional.

Será que antecipando a abertura da época balnear é a forma de evitar estas e outras situações existentes?

No ano em que Fevereiro obter temperaturas altas e o povo acorrer á praia abre-se a época?

Ou será que as autarquias e o estado Português que são os verdadeiros beneficiados com o turismo veranil, descoram a protecção de pessoas e bens auferindo apenas os lucros das receitas de impostos e outras taxas cobradas aos que trabalham e consomem o "verão" e acabam por fazer o serviço de socorro e protecção por eles?

Quanto custa um vencimento de dois nadadores salvadores?

Quanto custa um vencimento de um vigia de praia?

Quanto custa a aquisição das fardas e equipamentos de salvamento aquático?

Tudo isto suportado pela empresa que concessiona a área...

Afinal qual o papel do estado em termos de protecção nas praias?

No verão descarta para as empresas concessionárias, no inverno morrem as dezenas por todo o pais, e espera-se horas que os meios de socorro estatuais se desloquem e cheguem aos locais dos incidentes, na maioria para recuperação de cadáveres...

Se seguirmos a lógica deste serviço, qualquer dia uma pessoa que caia e parta uma perna numa esplanada de um café, será socorrida pelos empregados do mesmo ou então só será socorrida pelos meios do estado quando o café estiver encerrado, neste caso tarde e a más horas!

Porque se desvaloriza tanto o socorro de um serviço nacional que ainda vai trazendo alguns lucros e emprego?

Não se entende...

FIRESHELTER52

2 comentários:

Anónimo disse...

onde quer chegar?
a segurança e prevenção começa em cada um, não nos outros.
que culpa tem o estado que eu seja displicente e não toma as devidas precauções.
o mar está bravo, porque vou tomar banho?
Se há corrente porque me atiro na agua?
Se no fundo não tenho condições de segurança, porque procuro o acidente?
só por masoquismo.

João Horta - FIRESHELTER52 disse...

Quantas situações quer que eu publique, relacionadas com o atrazo do serviço de socorro da autoridade maritima nacional sem que da parte dos utilizadores das praias se tivesse verificado negligência ou ma conduta de civismo?

Falta de meios.
Resposta em tempo não util.
atrazo no transporte e socorro...

Só á minha parte, ja tinha algumas para contar, e podia referir pelo menos dois mortos nas praias do meu concelho.

Obrigado pela sua participação no blog.
FIRESHELTER52