Um buraco de combustão lenta, feito para produzir carvão, terá estado na origem do grande incêndio que lavrou, durante 75 horas, nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, entre 18 e 22 de Julho.
Por determinar está quem fez o buraco, situado numa zona de clareira, perto de Cachopo, Tavira.
A Polícia Judiciária, a quem compete a investigação, ainda não confirma qualquer conclusão,mas o CM sabe que a resposta surgiu após a análise realizada ao terreno, onde várias testemunhas garantem que as chamas tiveram início.
No local foi encontrado o buraco e, ao lado, o monte de terra retirada para o criar.
Os buracos para combustão lenta são cheios com madeiras, raízes e restos de vegetação, sendo tapados com terra após se atear o fogo.
Devido à falta de oxigénio, a combustão vai decorrendo devagar, criando carvão.
É necessário, no entanto, vigiar o buraco, pois, à medida que o material vai ardendo, é preciso ir colocando terra por cima, de forma a impedir que entre demasiado oxigénio.
No buraco que deu origem ao incêndio, não terá sido tomada essa precaução e, quando o oxigénio chegou ao material em combustão, eclodiram as chamas, dando origem ao incêndio.
Além do relatório da PJ à causa das chamas, também é esperado o resultado do inquérito ao comando operacional e trabalho dos bombeiros no terreno, que o Governo exigiu até dia 10.
Por:João Mira Godinho
Correio da Manhã
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