O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) anunciou esta terça-feira que vai aderir à greve geral de 24 de Novembro, contra a redução de salários,a falta de financiamento e para conseguir avanços nas carreiras, noticia a Lusa.
O vice-presidente do SNBP, Fernando Curto, disse à Agência Lusa que os bombeiros profissionais da administração local estão «há cinco anos à espera» de legislação que venha resolver a «falta de efectivos».
«Esperamos que o Governo inicie com o Sindicato e com a Associação [Nacional de Bombeiros Profissionais] as negociações para darmos parecer sobre o diploma que resolverá as carreiras, a formação e a falta de efectivos», disse.
A adesão à greve justifica-se também por «os bombeiros profissionais e as câmaras municipais que os têm não receberem verbas, é uma lacuna muito grande», acrescentou.
Além disso, os bombeiros vão ser também «prejudicados» pelos cortes salariais decorrentes das medidas de austeridade: «Infelizmente, ganhamos pouco e o desconto não será tanto assim, mas em alguns casos os bombeiros vão ver reduzidas as suas condições salariais», afirmou.
O sindicato pretende também que seja negociado o acordo colectivo de trabalho para a carreira de bombeiros profissionais integrados nas associações humanitárias de bombeiros.
Um comunicado do conselho geral do sindicato, que se reuniu esta terça-feira, indica também que os bombeiros profissionais estão contra «o não pagamento das autarquias locais dos valores devidos pelo trabalho prestado pelos bombeiros, nomeadamente trabalho extraordinário e descanso compensatório».
Quanto aos bombeiros que prestam serviço nos Comandos Distritais e no Comando Nacional de Operações de Socorro, o sindicato quer que sejam integrados nos quadros da Autoridade Nacional de Protecção Civil, vendo assim reconhecidas as suas «mais valias profissionais».
O SNBP, com cerca de dez mil associados, segundo Fernando Curto, representa bombeiros sapadores, municipais, da Força Especial de Bombeiros e bombeiros privativos.
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