A EN125 voltou a revelar-se este ano como a estrada da morte no Algarve.
Das nove vítimas, registadas desde 1 de Janeiro até anteontem na região, oito resultaram de acidentes naquela rodovia.
A situação poderá vir a agravar-se com a introdução de portagens na Via do Infante, que deverá fazer aumentar o trânsito na estrada nacional.
Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, a mortalidade rodoviária registou um agravamento neste início de ano, em comparação com idêntico período dos dois últimos anos. Um aspecto tanto mais significativo quanto é certo que em 2010 já se tinha verificado um aumento em relação a 2009.
Dos locais onde se deram os acidentes este ano, verificou-se que apenas um não aconteceu na EN125.
A estrada está em fase de requalificação e há quem receie que a situação possa piorar. "As portagens na Via do Infante mais as obras na EN125 são quase um convite aos acidentes", afirma João Vasconcelos, da Comissão de Utentes da A22, que luta contra a introdução de portagens, prevista para 15 de Abril.
O dirigente explica que, se o pagamento for introduzido na Via do Infante, "os automobilistas irão para EN125, que ficará ainda mais perigosa".
A governadora civil da Faro, Isilda Gomes, por seu lado, diz que os dados sobre a sinistralidade serão analisados em pormenor na próxima semana, pelo Conselho Coordenador de Segurança Rodoviária do Algarve. "Vamos tentar perceber o que se está a passar e se podemos fazer alguma coisa para contrariar estes números", salienta. E acrescenta que "temos todos de ter a consciência que grande parte dos acidentes ocorre devido a erro humano
CM
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