12/05/2011

Plano de Operações Distrital - Incêndios Florestais Algarve 2011



O dobro das equipas de sapadores florestais e menos um helicóptero estacionado em permanência na região são dois dos dados que sobressaem do «Plano de Operações Distrital - Incêndios Florestais» para o Algarve em 2011, apresentado esta manhã em Faro.

Em números, o dispositivo que irá operar na região durante a fase Charlie, que decorre de 1 de julho a 30 de setembro e em que o risco de incêndios florestais é mais elevado, «será sensivelmente o mesmo» que em 2010, segundo o novo comandante distrital de Operações de Socorro de Faro Abel Gomes. Mas haverá antecipação de meios em relação a outros anos.

Ainda em relação a 2010, um ano em que a área ardida na região não ultrapassou os 200 hectares, destaque para a antecipação da chegada dos helicópteros de ataque inicial, o primeiro dos quais vai estacionar em Monchique já no domingo.

Também o meio aéreo de intervenção primária que fica de prevenção em Cachopo, concelho de Tavira, chegará mais cedo do que é habitual, neste caso a 15 de junho.

Antes, estes dois meios aéreos chegavam com o início da fase Charlie.

Por outro lado, o final da fase Charlie também não determinará a desmobilização destes dois helicópteros, que permanecem no Algarve até dia 15 de outubro.

Este ano, não haverá o habitual helicóptero em Loulé, mas, garantem os responsáveis pelo plano, a cobertura de «praticamente toda a região está assegurada».

Algo que se conseguiu com a alteração do protocolo no que ao raio de ação dos meios aéreos diz respeito.

Os helicópteros da proteção civil passam a poder acorrer sem autorização prévia a fogos que lavrem a uma distância até 40 quilómetros, quando em anos anteriores o máximo se fixava nos 35 quilómetros.

No caso do Algarve, isto determinou que dois meios aéreos em permanência eram suficientes. Até porque, como frisou durante a apresentação do plano Abel Gomes, «os meios aéreos são complementares e não apagam fogos só por si».

Assim, foi feita uma forte aposta numa melhor operacionalização dos meios terrestres e na sua coordenação.

O aumento das equipas de sapadores de 5 para 10 é um bom exemplo da política que está a ser seguida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, com reflexos no Algarve.

Além de mais equipas de sapadores, em cada um dos distritos haverá grupos de combate a incêndios florestais que terão capacidade de deslocação rápida para distritos próximos, em caso de necessidade.

Também há dois batalhões especiais criados pelos Sapadores de Lisboa e Porto que podem dar uma ajuda em qualquer ponto do território nacional.

A interajuda e coordenação nacional também se estende ao combate por contrafogo. Foram formadas «seis equipas de análise de fogo em todo o país», compostas por especialistas, que serão destacadas para os locais onde forem mais necessários.

Os responsáveis pela Proteção Civil na região consideraram o dispositivo ao seu dispor suficiente, apesar dos cortes e de admitirem que os riscos de incêndio florestal na região são mais elevados este ano, devido «à grande quantidade de biomassa e às condições climatéricas previstas».

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