13/02/2012

Leucemia Mielóide Crónica


Quando li o Correio da Manhã de Domingo, deparei-me com esta noticia.
Achei-a de um carácter importante e que vale imenso a sua divulgação.

De progressão lenta, a Leucemia Mielóide Crónica (LMC) representa cerca de 20% de todas as leucemias.
Com uma incidência de 1,5 casos para 100 mil habitantes por ano (150 novos casos/ano), esta doença atinge com maior frequência os adultos, sendo mais comum nos homens.


"A LMC resulta de uma alteração do ADN de uma célula estaminal medular a determinado momento da vida de um paciente, dando origem a um aumento de glóbulos brancos, que só é detectado em análises de rotina.

Embora não sejam conhecidas as razões que levam a essa mutação, sabe-se que a radioterapia e a exposição ao benzeno são factores de risco", explica a hematologista Ana Marques Pereira.

Numa fase inicial (crónica), a LMC pode não apresentar sintomas, razão pela qual o diagnóstico tende a ser feito de forma tardia. Neste caso, as análises de rotina ao sangue são fundamentais, uma vez que detectam o aumento dos glóbulos brancos. No entanto, existem sinais de alerta que vale a pena ter em atenção.

"Esta doença pode causar algum mal-estar, cansaço, levar à perda de apetite ou a um desconforto abdominal. Mas, na maioria das vezes, a sintomatologia é provocada pela terapêutica", revela a ex-chefe de serviço de Hematologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Actualmente, a evolução da LMC pode ser evitada com recurso a remédios e não apenas com o transplante de medula, como era regra até há pouco tempo. "Inicialmente, a terapêutica limitava-se a reduzir o número de glóbulos brancos, mas não interferia no controlo da doença. Actualmente, existem os inibidores de tirosina cinase que têm acção a nível molecular, isto é, inibem a produção de um oncogene - o BCR-ABL - que leva ao desencadeamento da doença maligna", explica Ana Marques Pereira.

A clínica refere que hoje em dia os médicos conseguem interferir na doença, mas não há garantias de que parando a toma da medicação "a doença não volte a aparecer".

12 Fevereiro 2012
Por:Joana Nogueira
Correio da Manhã

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