03/10/2012

Algarve marginalizado com transferência de helicóptero do INEM

“Com esta medida o Governo opta, mais uma vez, por marginalizar o Algarve e os algarvios, desprezando de forma inadmissível as suas necessidades mais prementes”, considerou hoje o Presidente do PS Algarve, António Eusébio, reagindo à transferência, para Beja, do helicóptero do INEM que operava a partir de Loulé.

Para o dirigente regional do PS, a decisão anunciada pelo Ministério da Saúde provocará, não só uma redução significativa da capacidade de resposta da região na área da saúde, como contraria os próprios objetivos apontados pelo Governo, pois representará um aumento de custos operativos, já que o referido equipamento regista grande parte da sua atividade ( 87%), na região algarvia.

“O Governo avançou com uma medida extremamente punitiva para a nossa região sem considerar qualquer avaliação feita por técnicos especializados, que poderiam apontar soluções mais rentáveis para o Estado e para o Algarve, tendo em conta que esta transferência vai acarretar mais custos inerentes às distâncias a percorrer pelo aparelho e colocará em causa, em alguns casos, as condições necessária para assegurar a saúde e a vida dos doentes”, sustenta o líder do PS.

António Eusébio sublinha ainda que, a eficácia das respostas da região na área da saúde não deixará de ficar comprometida mesmo com a eventual substituição do helicóptero do INEM por um Kamov da Proteção Civil, que ficará estacionado no heliporto de Loulé sendo financeiramente suportado pelo Ministério da Administração Interna, tendo em conta que, tecnicamente, este aparelho não é compatível com as necessidades específicas dos serviços de saúde.

“Esta solução não beneficiará em nada o Algarve pois, para além de não contar com uma equipa médica à semelhança do que sucede como o aparelho do INEM, o Kamov não pode operar em locais como as ilhas barreira por exemplo e exige procedimentos de voo que não são compatíveis com os tempos de resposta inerentes a um serviço de emergência e socorro”, refere António Eusébio.

Frisando ainda as repercussões negativas que a medida terá, não só para as populações residentes, como ao nível da imagem turística da região no exterior, António Eusébio considera imprescindível que o Governo corrija esta decisão, mantendo o helicóptero ao serviço do INEM na região algarvia.

.diariOnline RS com Lusa

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