26/10/2012

Governo atribui 1,5 ME aos municípios de Tavira e São Brás de Alportel

O Governo oficializou ontem uma ajuda financeira no valor de 1,5 milhões de euros para os municípios algarvios de Tavira e São Brás de Alportel, afetados por um grande incêndio florestal em julho deste ano.

A verba disponibilizada pela tutela consta de um Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) ontem assinado em Lisboa e terá o valor de 667 mil euros para o município de Tavira e 844 mil euros para o de São Brás de Alportel.

O valor acordado entre o Governo e os dois municípios resulta de um levantamento feito sobre os prejuízos dos incêndios e soma-se a um apoio anterior, que já tinha sido atribuído, de 188.632 euros.

Os incêndios que atingiram a Serra do Caldeirão, entre Tavira e São Brás de Alportel, de 18 a 21 de julho, queimaram uma área aproximada de 24 mil hectares, sobretudo espaços florestais, de acordo com a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).

No caso de São Brás de Alportel ficaram 18 habitações destruídas, que terão de ser agora alvo de intervenção, explicou aos jornalistas o presidente da câmara António Eusébio (PS).

“A partir de hoje estamos prontos para lançar o concurso. São cerca de 460 mil euros de investimento para reconstruir as habitações”, perspetivou o autarca.

António Eusébio referiu ainda que algumas das famílias desalojadas procuraram soluções junto de familiares, mas que outras permanecem nas suas habitações, em situação “precária”.

Já no município de Tavira ficaram destruídas sete habitações, que irão agora ser reconstruídas com parte do valor recebido pelo CLDS.

“Há dois momentos neste programa. Num primeiro momento irão ser utilizados cerca de 300 mil euros para reconstruir as casas e depois irão ser desenvolvidas ações de reintegração, acompanhamento social e psicológico das famílias afetadas”, explicou aos jornalistas o presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho (PS).

Por seu turno, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, realçou que o Governo atuou num tempo recorde e que sempre esteve disponível para entregar a verba necessária para compensar as perdas dos incêndios.

“Desde o primeiro momento o Estado disse que faria o esforço financeiro que fosse necessário para apoiar efetivamente estas famílias e dar-lhes o nível de conforto que tinham antes desta calamidade”, afirmou.

Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o maior fogo deste ano deflagrou entre 18 e 22 de julho, nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, e afetou 21.437 hectares de espaços florestais, cerca de 21 por cento da área florestal ardida em 2012.

Um relatório independente sobre os incêndios de julho no Algarve concluiu que houve falta de meios de combate e de aceiros, bem como falhas do comando na perceção da localização do fogo e na previsão da evolução das chamas.

.diariOnline RS com Lusa

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