01/02/2013

Em média 3 suicídios por mês nas linhas ferroviárias

Os suicídios são a principal causa de morte nas linhas ferroviárias nacionais. Desde 2008 que morrem mais pessoas voluntariamente do que em acidentes. Os últimos dados disponíveis, de 2011, apontam para mais de três suicídios por mês.

O número de suicídios registado em 2011 foi de 42, contra um total de 14 mortos em acidentes, todos de pessoas que ou não estavam autorizadas para circular em zonas restritas, ou que atravessavam passagens de nível, de acordo com o último relatório de segurança dos transportes ferroviários.

O pico de suicídios registou-se em 2009, ano em que 69 pessoas escolheram as linhas ferroviárias para morrer.
A diminuição registada desde então, quer de mortos por acidentes, quer de suicídios, "indica que a segurança do sistema aumentou", conclui o relatório do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres.

Questionada pelo CM, a CP não concretizou quais as medidas que tem adotado para reforçar a segurança ferroviária.

Em 2011, quatro pessoas morreram em passagens de nível, o menor número dos últimos anos. Tal deve-se à eliminação gradual destas travessias: no final desse ano, havia 1049 passagens de nível, menos 250 do que em 2006.

Também o número de feridos graves tem vindo a diminuir nos últimos oito anos e, em 2011, verificaram-se dez feridos.

DGS RECOMENDA AUMENTO DO PREÇO DO ÁLCOOL

O Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, da Direção --Geral da Saúde (DGS), recomenda o aumento do preço das bebidas alcoólicas e a definição de um montante mínimo para a sua comercialização.

Graças à sua relação direta com o agravamento dos estados depressivos, os especialistas defendem a necessidade de desencorajar o seu consumo.

Por:Raquel Oliveira / J.N.

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