As águas agitadas do mar da Figueira da Foz foram ontem fatais para Adriano Martins, de 41 anos, agente da Polícia Marítima que perdeu a vida quando, com mais dois colegas, tentava socorrer cinco tripulantes de um veleiro alemão.O iate ‘Meri Tuuli' virou-se à entrada norte do porto daquela cidade, devido à forte ondulação - um dos tripulantes acabou por não resistir e morreu afogado.
Durante o resgate, depois de um alerta às 17h58, o barco da polícia também se virou e instalou-se o pânico entre os agentes socorristas. As oito pessoas foram empurradas pela ondulação para a areia e assistidas na praia.
"Apercebi-me de que estava um veleiro a tentar entrar na barra, a vela deve ter partido e lançaram um ‘very light'.
Depois chegou a polícia. Perto do veleiro, o bote deu uma volta de 180 graus e virou com a ondulação. As ondas trouxeram todas as pessoas e os barcos para a praia", explica Carlos Caminho, que testemunhou o pânico vivido e ajudou a socorrer os náufragos.
O agente Adriano Martins, casado e pai de um filho menor, esteve desaparecido nas águas durante algum tempo mas o corpo acabou por ser retirado por bombeiros numa ponta da praia do Cabedelo. Os seis feridos foram socorridos no hospital.
Tinham lesões traumáticas e hipotermia mas não correm risco de vida. Entre a tripulação do veleiro havia duas mulheres.
Adriano Martins, ex-militar da Marinha, era tido pelos pescadores como uma pessoa experiente. "Era uma pessoa divertida e sempre pronto a ajudar", diz um dos homens do mar.
O comandante Rui Amado diz que o porto da Figueira estava encerrado quando o veleiro queria entrar. Populares e bombeiros no local não olharam a meios para resgatar os náufragos da água. Um cão terá chamado a atenção dos populares para o corpo de Adriano Martins.
In Correio da Manhã
FIRESHELTER52
Sem comentários:
Enviar um comentário