06/01/2017

Escolas de Tavira sobrevivem com voluntariado dos funcionários

“Falta pessoal para trabalhar na cozinha, falta para a segurança, falta para a limpeza, e falta para a biblioteca, papelaria e reprografia deixarem de funcionar a meio tempo”. No total são oito os funcionários que seriam precisos para que o Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia, em Tavira, voltasse a garantir as “condições mínimas”.


José Baía, director do Agrupamento, confessou ao POSTAL que há funcionários não-docentes a fazer horas a mais diariamente. “Ontem, por exemplo, eram para ter saído às 14.30 e saíram às 18 horas”, disse o responsável, fazendo referência às funcionárias da cantina da Escola E.B 2,3 D. Paio Peres Correia, onde profissionais de outras áreas prescindem das suas horas de almoço para fazerem “voluntariado” e ajudarem a orientar as filas.

“Quando [os funcionários] caírem para o lado nós fechamos”, lamenta José Baía, que – desde Novembro a tentar resolver uma situação que “só piorou” – se recusa a fazer previsões de quando tudo poderá voltar ao normal. “Fiz tudo o que estava ao meu alcance mas ninguém me diz nada, gostaria que as coisas se resolvessem antes de nos virmos obrigados a fechar a escola”, diz.

Uma realidade que não está tão próxima graças ao “excelente profissionalismo” e à ajuda da Câmara de Tavira, que tem disponibilizado dois funcionários para o Agrupamento, “mesmo sem ter essa obrigação”.

Algo que “minimiza mas não resolve”, uma vez que, apesar de a situação não ser a melhor desde o início do ano lectivo, o segundo período escolar arrancou com mais três baixas, uma por aposentação e duas por motivos de saúde, que permanecerão ausentes “por tempo indeterminado”.

José Baía garante que já esgotou todos os recursos que tinha ao seu alcance e que resta ao Agrupamento esperar por eventuais respostas para a contratação de pessoal.

http://www.postal.pt/2017/01/escolas-de-tavira-sobrevivem-com-voluntariado-dos-poucos-funcionarios/

FIRESHELTER52

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