07/02/2018

Bombeiros Profissionais vão ter “revolução” no sector

Do encontro desta terça-feira saiu a garantia de que até final de Março o Governo vai enviar aos bombeiros um “pacote legislativo” para o sector e dar início às negociações.



O ministro da Administração Interna disse nesta terça-feira aos bombeiros profissionais que espera enviar uma proposta legislativa para revisão do seu regime jurídico e reorganização do sector até final de Março, adiantou à Lusa a associação destes profissionais.

O presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, disse à Lusa que a reunião com o ministro Eduardo Cabrita serviu para “reforçar a preocupação” dos bombeiros profissionais em relação a temas como o regime jurídico destes bombeiros, a carreira e organização do sector, da qual saiu “satisfeito”, mas sem deixar de recordar que já tinha saído satisfeito de encontros anteriores, com tutelas anteriores, sem que a satisfação se tivesse materializado em propostas legislativas.

“Quanto a nós, este sector neste momento está aquém das expectativas no que diz respeito à progressão na carreira, às dificuldades que as câmaras municipais têm em ministrar formação, à admissão de novos bombeiros. Estas reivindicações, que têm mais de dez anos, têm vindo a ficar para trás. O sector neste momento está próximo do colapso, quer em termos de resposta ao socorro, quer em termos de sustentabilidade no âmbito de Protecção Civil”, disse.

Do encontro desta terça-feira saiu a garantia de que até final de Março o Governo vai enviar aos bombeiros um “pacote legislativo” para o sector e dar início às negociações.

“Queremos é que estes diplomas sejam céleres e que produzam efeitos o mais rapidamente possível, porque há um garrote grande no que diz respeito aos recursos humanos, com falta de bombeiros profissionais, e também progressão na carreira e formação, que tem que ser desbloqueada rapidamente, para que haja uma resposta mais eficaz não só no dia-a-dia, mas também no dispositivo de combate a incêndios, e não termos novamente a catástrofe de 2017”, afirmou também Fernando Curto.

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