01/11/2021

Técnicos do INEM vão poder realizar eletrocardiogramas na rua

Os técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM vão poder realizar eletrocardiogramas na rua e administrar fármacos, sob orientação médica à distância, em casos de suspeita de enfarte, no âmbito do protocolo da dor torácica, que entra em vigor segunda-feira.



"A partir de agora, os técnicos de todas as ambulâncias de emergência médica do país podem pôr em prática o protocolo da dor torácica, um conjunto de procedimentos para os quais receberam formação e que incluem a realização de um eletrocardiograma (ECG) e a administração de fármacos, sob orientação médica", revela o Jornal de Notícias (JN) na edição de hoje.

Segundo o jornal, "é um passo de gigante para reduzir o risco de sequelas e de morte por enfarte agudo do miocárdio".

Prometido há vários anos, o protocolo de dor torácica dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) entra em funcionamento na segunda-feira com monitores novos em 56 ambulâncias de emergência médica, o que significa um acréscimo de 64% dos meios com esta resposta mais diferenciada.

"Até aqui, só as viaturas médicas de emergência e reanimação e as ambulâncias de suporte imediato de vida estavam preparadas para dar a melhor resposta. E nem sempre estão disponíveis para acudir a todas as ocorrências", escreve o jornal.

Um dos medicamentos protocolados é a aspirina, que ajuda a diluir o sangue e a desfazer os trombos nas artérias coronárias, adianta, acrescentando que, tanto a interpretação dos resultados do ECG, como a decisão de administrar fármacos, cabe exclusivamente ao médico que está no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM a receber a informação em tempo real.

"É o maior ganho em saúde dos últimos anos", assegura ao JN Ricardo Rocha, coordenador nacional TEPH do INEM, satisfeito com a conquista pela qual os técnicos lutam há anos.

Além de transmitirem informação ao CODU, os monitores de ECG também enviam dados ao hospital, através de uma plataforma informática.

"Antes de o doente chegar, os médicos já estão a ver o eletrocardiograma no computador e já sabem se tomou medicação", explica, por seu turno ao jornal, Gabriel Campos, TEPH, que tem sido responsável pela formação dos técnicos.

Se a via digital por alguma razão não funcionar, os novos monitores permitem imprimir o ECG para entregar ao médico no hospital.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebe, em média, 17 mil chamadas para dor torácica por ano.

Foto SAFEPLACE52 Arquivo DR

Informação Copiada do nosso Parceiro : POSTAL DO ALGARVE

João Horta - FIRESHELTER52

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