20/01/2010

BV Ericeira, BV Mafra, BV Malveira... Mais uma "FOCON"?


A corporação de bombeiros da Ericeira vai aderir quinta-feira ao Agrupamento de Bombeiros de Mafra,

o único criado no país e que é considerado pelo presidente da Liga como um exemplo a seguir pelas outras corporações.

“A adesão da Ericeira ao agrupamento fecha um ciclo iniciado em 2009” quando as corporações de Mafra e Malveira decidiram agrupar-se, afirmou à Agência Lusa o presidente do agrupamento, José Mourato.

“Ter as três associações de bombeiros do concelho dentro do projecto é um bom exemplo e traduz-se numa nova forma de organizar o socorro em Portugal”, reagiu Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB).

O agrupamento de bombeiros, o único no país, foi criado com o objectivo de haver uma gestão partilhada dos meios financeiros e logísticos, respondendo a um novo modelo de gestão integrada dos meios de socorro, aumentando a eficácia na resposta aos pedidos.

O agrupamento dispõe de um comando único liderado pelo comandante municipal operacional, um orçamento anual de três milhões de euros e um efectivo de mais de 450 bombeiros, 28 veículos de combate a incêndio, 33 ambulâncias de socorro para dar resposta a 83 mil habitantes e um território com áreas naturais protegidas, como a Tapada Nacional de Mafra, com mais de mil hectares de floresta.

“Até aqui tínhamos os meios dispersos e o que se pretende é criar um comando operacional municipal e uma força operacional conjunta que permita deslocar os homens e os meios para os sítios mais necessários”, explicou José Mourato. “Podemos comprar materiais e equipamentos a preços mais vantajosos face ao efeito escala”, exemplificou.

Além dos órgãos sociais, o agrupamento será constituído por um gabinete de coordenação operacional e um gabinete administrativo e financeiro, comuns às várias corporações de bombeiros e a funcionar no edifício da Protecção Civil Municipal, onde são centralizadas todas as chamadas telefónicas reencaminhadas pelo Centro de Atendimento de Doentes Urgentes (CODU).

Segundo a LPB, a não inexistência de outros agrupamentos de bombeiros no país deve-se ao facto de “ainda não ter saído legislação com financiamento de incentivo à criação destes agrupamentos”.

Por outro lado, há também o “receio infundado de que as associações se possam extinguir”.

Prevista na legislação, a criação de agrupamentos de bombeiros tem vindo a ser incentivada pela secretaria de Estado da Protecção Civil junto dos corpos de bombeiros, tendo em conta as vantagens de haver um modelo de gestão integrada dos meios entre várias corporações.

Na quinta-feira, o agrupamento de Mafra vai apresentar também o projecto da central municipal de operações de socorro, para a qual está a preparar uma candidatura a fundos comunitários para suportar parte do investimento.



Fonte: Agência Lusa

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