Há muito que era para trazer este assunto para a ribalta no blog, falo-vos dos assalariados das Associações Humanitárias.
Devo salvaguardar, que deixo de fora, os bombeiros sapadores/municipais que são possuidores de uma carreira estável e legal como bombeiros.
No entanto, quanto aos primeiros, aufere-me dizer que reina a anarquia total, onde o "vale tudo" impera em cada dia de trabalho.
Há Associações onde não há contratos ou qualquer vinculo contratual.
Há Associações onde os funcionários ganham uns míseros 400€.
Há Associações que os trabalhadores executam 12, 16 e em alguns casos extremos 24h de trabalho.
Há Associações onde a precaridade do próprio trabalho e das condições sanitárias e medicas são dignas de um pais do 3.º Mundo.
Isto, já para não falar, que estes indivíduos, enquanto funcionários das Associações, de bombeiros nada tem, a não a ser farda, porque não fazem trabalho de bombeiros, mas acima de tudo não tem uma carreira de bombeiros, relegando-os para os meros transportadores de doentes, deixando-os assim á mercê de uma qualquer pessoa para aquele lugar.
Quem me quiser fazer acreditar no contrario, vai ter que compreender, mas terei de o apelidar de utópico e descontextualizado da realidade.
Ser funcionario de uma Associação, poderá ser quanto muito, um emprego de inicio de vida, sempre na perspectiva de um mero passaporte para uma outra activada profissional, porque da forma como tudo se tem precipitado nas Associações de Bombeiros, querer fazer deste tipo de vida, um modo de sobrevivência, é meio caminho andado para nunca mais ser alguém capaz de viver uma vida e um trabalho dito normal, pois as condições oferecidas, na esmagadora maioria dos casos são deploráveis.
Digo aqui publicamente, o mesmo que diria há uns dias em privado: Pataletas nos bombeiros? Sim, mas apenas e nunca por mais tempo do que um curto ano... mais do que isso, é sinal de um meio que não interessa!
Fonte: Bombeirosparasempre
FIRESHELTER52
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