A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais condenou hoje a Câmara do Porto por enviar 11 profissionais dos Sapadores Municipais para a intervenção de despejo do coletivo Es.Col.A, no bairro da Fontinha, "sem farda e de cara tapada".Em comunicado, a associação refere que os 11 bombeiros foram mandados pela Câmara para intervir na ação de despejo, "alegadamente sem conhecimento real do serviço que iriam prestar".
"O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais condena veementemente a utilização dos bombeiros, de forma alegadamente clandestina, para estas funções que em nada correspondem às que estão associadas à atividade dos bombeiros", acrescenta.
Para a associação, com "mais um episódio insólito" vivido no Batalhão, os profissionais "colocaram em risco a sua integridade física".
A associação, que adianta ainda que "alguns destes elementos terão sido convocados, alegadamente, em horário extraordinário", explica que os elementos do Batalhão terão sido informados na quarta-feira, pelo Grupo de Estudos e Formação, de que iriam participar numa ação conjunta com a PSP e que para tal teriam que ir vestidos à civil.
No entanto, "de acordo com fonte do Batalhão, em momento algum terão sido informados de que iriam participar nesta ação de despejo (já que o normal, e o que se suponha, era a participação num simulacro)".
"Conforme indicação superior, os bombeiros ter-se-ão dirigido às instalações da PSP do Porto, onde trocaram a sua viatura por outra descaracterizada, que seguiu para o local do despejo. Os bombeiros seguiram sem farda, envergando apenas uma cogula de combate a incêndio colocada, alegadamente, para que não fossem identificados e utilizando material de arrombamento de portas", conclui a associação.
A associação defende que "toda esta atividade está fora do conteúdo funcional dos bombeiros e deverá ser explicada à população a sua utilização nestas ações".
O coletivo Es.Col.A, instalado na antiga escola primária da Fontinha desde abril de 2011, foi esta manhã despejado do local.
O movimento está concentrado junto à Câmara do Porto, onde se juntaram outras pessoas que criticam o despejo.
Três pessoas afetas ao projeto foram detidas e encontram-se na esquadra da PSP do Heroísmo.
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FIRESHELTER52
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